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9 sinais de que você pode ter intolerância ao glúten

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Você já deve ter ouvido a frase ‘sou intolerante ao glúten’, mas você sabe realmente o que essa afirmação significa? Segundo Telma Rabelo de Natale, nutricionista da Sapore, “a intolerância ao glúten é a incapacidade ou dificuldade de digestão do glúten, que é uma proteína vegetal presente em alguns cereais como trigo, centeio, cevada e aveia”.

Nesses casos, o indivíduo é considerado celíaco. “É uma doença de desordem sistêmica autoimune e genética que acomete a mucosa do intestino delgado causando a sua atrofia e, por consequência, dificultando a absorção de nutrientes. É uma doença permanente (para toda a vida)”, explica.

Os primeiros sintomas aparecem logo na infância, principalmente nos primeiros três anos de vida, quando há a introdução de cereais na dieta.

“Há alguns fatores que identificam que o paciente se tornará uma pessoa celíaca. O primeiro deles é a herança genética. A incidência em parentes de primeiro grau é de 30%, e a patologia tem uma incidência duas vezes maior nas mulheres que nos homens”, comenta a nutricionista.

9 sintomas que indicam a doença celíaca

Assim como qualquer doença, os sintomas variam de pessoa a pessoa. Porém, há alguns indícios que podem servir como alerta para procurar um especialista gastroenterologista. São eles:

- Diarreia frequente: De 3 a 4 vezes ao dia, com grande volume de fezes; ou diarreia crônica (que duram mais do que 30 dias). “O paciente celíaco pode apresentar o sintoma típico, que é a diarreia crônica (cerca de 70% dos casos diagnosticados) onde as fezes são pálidas, aquosas, volumosas e fétidas devido à má absorção de gordura” afirma a nutricionista.

- Vômitos persistentes;

- Humor alterado: irritabilidade ou desânimo;

- Perda do apetite;

- Emagrecimento sem causa aparente;

- Dor abdominal;

- Distensão abdominal (barriga inchada);

- Anemia ferropriva;

- Diminuição da massa muscular.

A baixa estatura, anemia, prisão de ventre crônica e osteoporose são outros sintomas que podem indicar a intolerância ao glúten. Vale lembrar que apenas o médico poderá diagnosticar a doença.

“Além da incidência dos sintomas, há exames que revelam com maior precisão a doença, como por exemplo, o teste genético; teste sorológico para o glúten feito através do exame de sangue e a biópsia intestinal”, indica Telma. Esses diagnósticos auxiliarão o nutricionista a avaliar se há a necessidade da exclusão do glúten por tempo determinado para ver se os sintomas ainda persistem.

Alimentos permitidos X alimentos proibidos

Procurar um nutricionista é essencial para a elaboração de uma dieta adequada e que supra todos os nutrientes e vitaminas que o corpo humano necessita. “Mesmo apresentando todos os sintomas da doença celíaca não se deve iniciar a dieta sem glúten por conta própria. Antes de iniciar a dieta deve-se confirmar o diagnóstico através dos exames adequados. Após a confirmação, o paciente deverá ser bastante rigoroso e disciplinado por toda a vida, seguindo a dieta indicada pelo nutricionista. A adesão à uma dieta sem glúten de forma prematura poderá dificultar o diagnóstico futuramente”, alerta a nutricionista.

Segundo Telma, o glúten poderá ser substituído por milho, farinha de milho, fubá, amido de milho, batata, fécula de batata, mandioca, farinha de mandioca e polvilho. “Ao retirar o glúten da dieta, a remissão dos sintomas pode desaparecer em poucos dias ou semanas”, afirma Telma.

Evitar a ingestão de produtos em embalagens fechadas e fora de casa é uma boa estratégia para combater a doença. Opte por alimentos de procedência conhecida e procure comer legumes simples, frutas, carne, peixe, ovos e arroz. E se por alguma razão, a ingestão de empacotados for inevitável, é recomendado a leitura dos ingredientes que compõem o produto a ser consumido.

“Não tem certeza [que o alimento é livre de glúten]? Não coma. Há muitos produtos cuja embalagem vem escrito ‘sem glúten’ ou ‘gluten free'”. Leia sempre os rótulos dos alimentos. Se não houver menção quanto à presença do glúten, deve-se entrar em contado com o fabricante e pedir informações a respeito”, alerta Telma.

Quanto aos líquidos, os celíacos podem beber com segurança: água, leite, chá, sucos naturais e refrigerantes. “Cuidado com os achocolatados, pois a maioria contém glúten (leia o rótulo para se certificar). Quanto às bebidas alcoólicas, pode se beber: vinho (feito da uva), aguardente de cana (como o nome diz: é feito de cana de açúcar), rum (destilação do melaço), vermute e conhaque (derivados do vinho) e quentão (feito com aguardente, gengibre, cravo da índia e canela)”, orienta Telma.

 

Fonte: Dicas de Mulher

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