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Sinpoljuspi cobra investigação e ameaça acionar Justiça por denúncia de tortura

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O presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Piauí, Vilobaldo Carvalho, se manifestou sobre a decisão da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) que prevê a investigação de denúncias de tortura em penitenciárias do estado. Segundo ele, caso as denúncias não sejam comprovadas, os sindicalistas acionarão a Justiça.

"Caso essas denúncias não sejam comprovadas, vamos acionar judicialmente por denunciação caluniosa as pessoas que não conseguirem provar as denúncias. Não podemos aceitar que em uma penitenciária que estava na situação que estava a Irmão Guido, num momento em quem há uma ação para restabelecer a segurança, a ordem e a disciplina, venha alguém querer confundir a opinião pública, atrapalhar um serviço que é em prol dos presos e das próprias visitas e colocar o agente penitenciário como se fosse um vilão. Falta é estrutura. Falta é agente. Mas sobra compromisso e vontade", argumenta o representante de classe.

O desabafo de Vilobaldo Carvalho acontece após a OAB-PI anunciar que está investigando denúncias de tortura em penitenciárias do estado. Na semana passada, famílias  procuraram a instituição para relatar maus tratos. O assunto foi tema até de audiência pública.

"Nós já havíamos reclamado à Secretaria para adotar medidas para reverter o quadro, sob pena de a qualquer momento ocorrer uma rebelião ou uma fuga em massa. Essas medidas foram adotadas. Em seguida, foram separados todos os presos por periculosidade e se eram sentenciados ou provisórios. Estranhamente, nesse contexto de tentar se restabelecer a segurança na penitenciária para os próprios presos, funcionários e visitantes, surgem essas denúncias", lamenta o sindicalista.

De acordo com ele, a situação de penitenciárias como a Irmão Guido é caótica. "Há entrada constante de materiais ilícitos. No ano passado, foi apreendida uma até arma de fogo, além arma branca e celulares em quantidade inimaginável. Os presos estão destruindo a unidade prisional. Eu tomei conhecimento que realmente ocorreu uma vistória onde se apreenderam celulares, foram identificados os danos que os presos estavam causando ao patrimônio público e foram levados 19 presos para serem autuados na Central de Flagrantes. Logo que ocorreu isso, começaram a surgir essas denúncias", finaliza.

Flávio Meireles
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