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Pesquisa aponta que pipoca de micro-ondas pode fazer mal

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Pipoca de micro-ondas é a solução rápida, prática e saborosa que acompanha horas de lazer ou sacia a fome repentina. Mas é importante ficar atento, pois o composto químico utilizado para dar seu delicioso sabor de manteiga foi considerado nocivo à saúde.

Saborizante perigoso

A diacetila, composto utilizado na produção de pipoca de micro-ondas como saborizante químico, chamou atenção pelo fato de sua inalação ser a causa de um problema pulmonar em centenas de operários americanos de fábricas de pipoca, a bronquiolite obliterante.

Apelidada de “pulmão de pipoca”, a bronquiolite obliterante é uma doença grave e irreversível que constringe os bronquíolos do pulmão, causando dificuldades respiratórias. A grande polêmica surgiu por conta da dúvida sobre até que ponto sentir o aroma artificial de manteiga exalado pelas pipocas de micro-ondas poderia ser um perigo também aos consumidores.

Apesar de a exposição mínima que os consumidores têm ao aroma não ter sido comprovada como perigosa, o americano Wayne Watson foi indenizado em R$ 14,5 milhões depois de alegar que desenvolveu bronquiolite obliterante por inalar manteiga artificial de pipocas de micro-ondas.

O ganho desta ação na justiça fez a substância ser profundamente investigada pela comunidade científica americana.

Um estudo feito pela Universidade de Minnesota (EUA) indicou que a diacetila é capaz de ultrapassar a “barreira sangue-cérebro”, que impede que substâncias tóxicas entrem no cérebro; estimula o acúmulo das proteínas beta-amiloides, que contribuem para o desenvolvimento da doença de Alzheimer; e impede a proteína glioxalase, que protege as células nervosas, de chegar ao cérebro.

Porém, é importante observar que os estudos e toda a polêmica podem ter uma abordagem exagerada, visto que a diacetila está presente também naturalmente em alguns alimentos, como a manteiga, alguns derivados do leite, vinho, cerveja e até mesmo frutas.

Algumas fabricantes de pipoca de micro-ondas anunciaram ter abandonado a diacetila, tendo sido esta substituída por uma substância chamada 2,3-pentanodiona, que também não é considerada totalmente segura.

Faça escolhas saudáveis

Sendo esta polêmica um exagero ou não, só nos resta ter cautela com o consumo excessivo de pipoca de micro-ondas e evitar ficar na cozinha enquanto estiver aquele perfume de falsa manteiga no ar.

Se possível, dê preferência ao método tradicional de preparação, na panela, pois desta forma, mais do que evitar problemas com substâncias suspeitas, podemos controlar o nível de sal, gordura e obter apenas os benefícios da pipoca, riquíssima em antioxidantes capazes de combater os radicais livres e ajudar contra o envelhecimento precoce e diversos tipos de câncer.

 

Fonte: Dicas de Mulher

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