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Levy Fidelix diz irá recorrer da decisão e declara: "não sou homofóbico

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O ex-candidato à Presidência da República Levy Fidelix (PRTB) disse nesta terça-feira que irá recorrer da decisão judicial que o condenou a pagar multa de R$ 1 milhão pelas declarações homofóbicas que deu durante um debate transmitido pela TV Record na campanha eleitoral de 2014.

Na ocasião, Fidelix afirmou que “dois iguais não fazem filho” e que “aparelho excretor não reproduz”. Em entrevista coletiva na Câmara dos Deputados, o ex-candidato negou que seja homofóbico e disse que estava apenas expressando a sua opinião.

“Não sou de maneira nenhuma homofóbico, nem ataquei ninguém”, afirmou. “Foi um ponto fora da curva. Eu respondi à cidadã, à candidata Luciana Genro (PSOL), sobre a questão homoafetiva. Eu tenho direito de pensar diferente. Ela tem direito de pensar diferente. No calor das palavras, se eventualmente eu fui forte e firme, isso é natural”, continuou.

Fidelix, no entanto, disse que suas palavras no debate foram “pertinentes”.

“As declarações feitas naquela oportunidade foram pertinentes porque eu estava respondendo à questão homoafetiva. Eu disse ‘sou contra’, e continuo sendo contra. Eu estava representando o povo brasileiro, que visceralmente é contra esses movimentos. Todo mundo sabe.”

Novelas

Na sequência, o ex-candidato se referiu à novelas que trazem personagens homoafetivos e os caracterizou como uma “agressão ao povo brasileiro”. 

 

“Então nós temos uma inversão de valores no País. As pessoas estão querendo impor convicções que nós não estamos acostumados a tê-las”, afirmou. “Não está regulamentado na Constituição Federal outra coisa que não seja que a família é formada por homem e mulher”, completou.

A culpa é do PT


Na entrevista, Fidelix disse ainda que acredita que a condenação ao pagamento de multa seja "perseguição do PT".

“Para mim, é uma perseguição do PT. O conjunto da peça me leva a crer que há, digamos, uma perseguição política nesse caso”, disse. “Esse governo que aí está, da presidente Dilma, está dividindo o povo brasileiro, está afrontando, está inclusive financiando grupos organizados para atacarem os pais de família. Nós temos um senso de que isso é realmente para dividir o povo brasileiro”, encerrou.

A ação por danos morais contra Fidelix foi aberta pela Defensoria Pública de São Paulo e aceita pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), que determinou a aplicação da multa. Na sentença, a juíza Flavia Poyares Miranda disse que Fidelix “ultrapassou os limites da liberdade de expressão, incidindo em discurso de ódio e pregando a segregação do grupo LGBT”.

 

Fonte: Terra

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