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Prejuízo da Petrobras é o maior desde 1986 entre empresas de capital aberto

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O prejuízo da Petrobras em 2014 é o maior entre as empresas de capital aberto brasileiras desde 1986, início da base de dados da consultoria Economatica. Com valores ajustados pela inflação, esse é o terceiro pior resultado. A petroleira não apresentava prejuízo desde 1991.

Após um longo período de espera e expectativa, a Petrobras finalmente divulgou nesta quarta-feira (22) o balanço auditado do exercício de 2014. A companhia registrou no ano passado um prejuízo de R$ 21,587 bilhões, contra um lucro de R$ 23,6 bilhões em 2013.

De acordo com a pesquisa, dos 10 maiores prejuízos nominais históricos, cinco são de empresas estatais. A petroleira OGX teve o segundo pior resultado da história com o balanço de 2013.

Corrupção

A Petrobras informou no balanço que a baixa contábil pelo esquema de pagamentos indevidos investigado pela Lava Jato foi de R$ 6,194 bilhões. Ou seja, essa foi a perda por corrupção, segundo a estatal.

Ao comentar o balanço, o presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, fez um pedido de desculpas em nome dos funcionários da companhia pelo escândalo de corrupção.

“Sim, a gente está com sentimento de vergonha por tudo isso que a gente vivenciou, por esses malfeitos que ocorreram. Não temos clarividência muito clara se foi de fora para dentro ou de dentro da fora. Sim, faço pedido de desculpa em nome dos empregados da Petrobras, porque hoje sou um deles”, disse.

Perdas de R$ 6 bilhões com corrupção

"O valor da baixa de gastos adicionais capitalizados indevidamente no ativo imobilizado oriundos do esquema de pagamentos indevidos descoberto pelas investigações da Operação Lava Jato (baixa de gastos adicionais capitalizados indevidamente) foi de R$ 6,194 bilhões", afirma o balanço.

A petroleira afirmou, no entanto, que não consegue identificar especificamente os valores de cada pagamento indevido.

Sobre a metodologia utilizada, a companhia explicou que listou todas as empresas citadas nas investigações e os contratos assinados com as contrapartes. Depois, calculou o valor desses contratos, identificando todos os pagamentos feitos, e aplicou um percentual fixo de 3% sobre o valor total, para estimar os gastos adicionais sobre o "montante total dos contratos".

Fonte: G1 Brasil

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