A discussão sobre a mudança no Instituto de Assistência e Previdência do Piauí (Iapep) está longe de ser amigável. Com o pedido na reforma administrativa apresentada na Assembleia Legislativa, os servidores aposentados e pensionistas temem que, com a separação, o valor de suas aposentadorias diminua ou que seja cada vez mais burocrático o processo de se aposentar.
Para tratar do tema, os deputados se reuniram em sessão Alepi, na última quinta-feira (30). O deputado estadual Fernando Monteiro (PTB), que é da base aliada do governo, subiu a tribuna e defendeu a proposta. Segundo o deputado, a saúde não pode estar associada à previdência.
“São milhares de segurados. Separando as coisas, o gestor só irá se preocupar em cuidar da saúde e do Plamta. O governo do estado desembolsa por mês algo em torno de 57 milhões de reais para complementar a previdência. Imagine em dois meses, o tamanho do rombo que fica nos cofres do governo. Dinheiro esse que deveria estar sendo investido no povo do Piauí, através de obras, por exemplo”, explicou Monteiro.
Fernando Monteiro disse ainda que o Piauí é o único estado do Brasil em que previdência e assistência estão acopladas sob uma mesma gestão. Ainda segundo o petebista, a situação entraria em completo caos, caso houvesse uma demanda judicial contra o repasse do Estado para o Fundo de Previdência.
Nos apartes, o deputado Antônio Félix (PSD) questionou Fernando Monteiro, questionando quanto o governo do estado economizaria com a mudança, já que o rombo mensal é tão grande. “Eu até sugeri que seja adicionado um percentual de cerca de 3% para o patronal, no caso dos terceirizados. Mas eu pretendo estudar mais sobre isso”, disse Félix.
Além de Antônio Félix, os deputados Joel Rodrigues (PTB), João de Deus (PT), Dr. Pessoa (PSD), Severo Eulálio (PMDB) e Cícero Magalhães (PT) pediram aparte no pronunciamento de Fernando Monteiro.
