O secretário de Governo, Merlong Solano (PT), disse que se reuniu com a comissão de gestão financeira do estado na Secretaria de Fazenda para analisar os dados do relatório de gestão fiscal do primeiro quadrimestre e avaliar a proposta de um novo acordo com os policiais civis. Durante a noite de ontem, após tentativa de negociação, o secretário de administração, Franzé Silva, ficou de apresentar uma nova proposta por escrito na sexta-feira (15). A categoria pede um reajuste de R$ 750 integral no mês de maio. O governo propôs parcelar o valor em quatro vezes.

Solano conta que há um esforço para atender aos anseios dos servidores, mas por outro lado, não pode deixar as finanças do estado caírem no descontrole e chegar, novamente, ao limite da Lei de Responsabilidade Fiscal.

“O relatório mostra a grave situação financeira do estado. O Fundo de Participação do Estado, que continua sendo a principal receita do Piauí, no primeiro quadrimestre de 2015 comparado ao mesmo período de 2014, cresceu 5,9 % em termos nominais, mas mesmo assim, isso significa um decréscimo em termos reais, pois a inflação do período foi 6,4%. Então, tivemos uma queda de cerca de 0,5% na principal fonte de receita do estado nos últimos 12 meses. Já o gasto com pessoal, no primeiro quadrimestre deste ano em relação ao ano passado, cresceu 12,3%. E isso não inclui as propostas aprovadas em lei que tem que entrar na folha a partir do maio, novembro”, argumenta.

O secretário ressalta que a proposta de parcelamento em quatro vezes visa dar um fôlego nas finanças do estado.

“Tanto por uma questão legal como de planejamento, de responsabilidade administrativa. Todo aumento salarial, toda a medida em relação fica condicionada à LRF. Descumprir isso significa agravar a situação econômica do estado, com regras restritivas do governo federal”, disse.

 

Graciane Sousa
[email protected]