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Menores de Castelo ficarão em celas separadas para evitar represálias no CEM

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Os quatro adolescentes condenados pelos crimes de estupro, homicídio e tentativa de homicídio ocorridos em Castelo do Piauí em 27 de maio, serão transferidos na tarde de hoje (15) ao Centro Educacional Masculino (CEM), onde cumprirão pena de até três anos. Para evitar represálias por parte dos outros internos, a Secretaria de Assistência Social e Cidadania (Sasc) vai deixar os garotos em celas isoladas dos demais. 

De acordo com o diretor educacional de atendimento socioeducativo da Sasc, Anderli Lopes, em entrevista ao Jornal do Piauí, a situação é atípica e as chances de os adolescentes serem hostilizados são grandes, devido ao tipo de crime cometido. 

"Assim que soubemos da sentença, nos reunimos com o corpo técnico e operacional do CEM e elaboramos estratégias para evitar possíveis represálias. O menor infrator condenado por estupro não é bem recepcionado. Na unidade já existem alguns na mesma condição e haverá a separação. Fizemos um estudo de viabilidade e vamos levar os jovens a um alojamento exclusivo para os condenados por esse crime", informou.  

Além deste cuidado, um dos quatro jovens deverá ficar separado dos outros por ter delatado os companheiros e ter incluído os demais na cena do crime. 

"Temos um corpo educador atento e esse isolamento é necessário. É uma situação atípica que a unidade vivencia. Já tivemos experiências anteriores e nos saímos bem em evitar represálias", disse o diretor.

Os menores sairão do CEIP por volta das 15h de hoje e seguirão para o Instituto de Medicina Legal (IML), onde passarão por exames de corpo de delito. Depois serão transferidos para o CEM. 

Os menores foram condenados pelo juiz Leonardo Brasileiro, que já havia determinado a internação antecipada de um dos jovens no CEM. Até o início da tarde desta quarta-feira, três dos adolescentes permaneciam no Centro de Internação Provisória (CEIP), na zona Sudeste de Teresina. 

Eles cumprirão medidas socioeducativas com o objetivo de que sejam reinseridos na sociedade. Os garotos poderão cumprir pena de até três anos de internação e serão avaliados a cada seis meses, podendo ter a privação de liberdade reduzida. 

 

Maria Romero
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