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Desiludido, presidente da APPM descarta reeleição em 2016 se crise continuar

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Desiludido, o presidente da Associação Piauiense de Municípios (APPM), Arinaldo Leal (PSB) descarta concorrer à reeleição à Prefeitura de Vila Nova em 2016 caso a crise financeira no país perdure e o Fundo de Participação dos Municípios (FPM) registre nova queda.

A um ano e meio de encerrar seu terceiro mandato consecutivo à frente da administração de Vila Nova, a 365 quilômetros de Teresina, Arinaldo Leal lamenta a atual situação dos municípios piauienses.

"A gente já vinha numa situação de sufocamento por conta do aumento de despesas e das desonerações. Agora nós nos deparamos com recessão e diminuição de receita. Quem já estava sufocado, agora está estrangulado", argumentou o socialista, que anunciou nesta terça-feira (18) a realização de uma passeata na próxima semana para protestar contra a queda do FPM.

O descontentamento com o atual cenário é tamanho que Arinaldo Leal sequer deve disputar a reeleição em 2016. "Sinceramente, estou pensando em não ser candidato no meu município. Tenho um padrão de administração bem reconhecido a nível estadual e nacional, mas de repente tenho que diminuir a qualidade do serviço oferecido pela ausência da condição financeira. Isso cria um desânimo na gente. Penso em parar por enquanto", revelou em entrevista ao CidadeVerde.com.

A bronca de Arinaldo Leal não se resume ao Governo Federal. Há insatisfação também com o governador Wellington Dias (PT), com quem a APPM tentará conversar na próxima semana após a marcha que será realizada em Teresina da Assembleia Legislativa até o Palácio de Karnak.

As críticas se estendem também ao Congresso Nacional. "O Congresso tinha que olhar mais para os municípios. O Congresso muitas vezes joga para a plateia. Por exemplo: quando o Congresso cria o piso nacional para o agente de saúde, ele deveria de onde a gente vai arrumar dinheiro para pagar esse piso. Muitas vezes, o Congresso termina prejudicando os municípios com essas atitudes porque manda essas despesas para a gente, mas não manda dinheiro para que a gente possa honrar aquela obrigação", finalizou.

Flávio Meireles
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