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Jovem denuncia que foi estuprada enquanto dormia; capoeiristas repudiam o ato

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A jovem paraense que denunciou ter sido vítima de estupro coletivo no dia 9 deste mês, durante evento nacional de capoeira na Adufpi, zona Leste de Teresina, estava dormindo no momento dos abusos, segundo a delegada Anamelka Albuquerque. Professores de capoeira, por meio de áudios no Whatsapp, repudiaram o ato e desabafaram sobre a violência.

De acordo com a denúncia feita pela jovem junto à Delegacia da Mulher do bairro Dirceu, zona Sudeste de Teresina, ela estaria dormindo no momento dos abusos e teria ingerido grande quantidade de bebida alcoólica. Ela suspeita ainda que tenha sido dopada antes de ser estuprada.

Devido ao estado em que se encontrava, os envolvidos no crime podem responder por estupro de vulnerável, já que a moça não teria como reagir ou concordar com o ato, segundo informou delegada Anamelka em entrevista ao Jornal do Piauí. 

O estupro teria ocorrido depois que ela aceitou dormir, no domingo, com um dos rapazes com quem havia se envolvido na primeira noite do evento. Ele deixou o alojamento e outros três homens entraram no local. Segundo a denúncia, ela acordou durante os abusos.

Revoltados, professores de capoeira compartilharam áudios pelo WhatsApp em que repudiaram o ato. Eles se mostraram revoltados com participantes do evento que estariam defendendo os rapazes apontados como autores do estupro.

"Eu não sei nem classificar o nome desses três, que são qualquer coisa, menos ser humano. E ainda tem gente, ainda tem capoeirista, que está defendendo essa prática. Dizendo que a culpa é dela. Eu acho isso horrível, isso é ridículo", declarou. Ouça abaixo na íntegra: 

A delegada Anamelka informou que mais pessoas serão ouvidas, grande parte naturais outros estados do Brasil, por meio de precatória. A polícia aguarda ainda o exame médico realizado pela denunciante para comprovar os abusos.

"Nós ouvimos uma testemunha apontada pela vítima, mas vamos ouvir outros também e realizar diligências para localizar cada um deles, que seriam os autores do crime", declarou. 

Os abusos teriam ocorrido durante o evento "Eu vou Berimbau Me Chamou", entre os dias 7 e 9 deste mês e comemoraram os 20 anos das aulas de capoeira no espaço. Por meio de nota, a diretoria da Adufpi informou que está colaborando com as investigações e que instaurou procedimento administrativo para apurar a denúncia. 

 

Maria Romero
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