Ao encerrar o encontro Dialoga Brasil, que reuniu representantes da sociedade piauiense no Teresina Hall nesta sexta-feira (11), a presidente Dilma Rousseff defendeu igualdade nas oportunidades aos brasileiros e repúdio aos que pregam o pessimismo.
"Nenhum de nós é igual ao outro. Agora as oportunidades, os direitos são iguais. Sobretudo, vivemos numa democracia. Nós enfrentamos hoje um momento que muita gente considera que quanto pior, melhor. Quanto pior, melhor para uma minoria. Quanto pior, pior para o conjunto da população. Nós devemos repudiar esses que querem sempre o desastre, sempre a catástrofe", declarou a presidente no encerramento do seu discurso, citando a democracia e a eleição pelo voto direto como conquistas dos brasileiros.
Após defender o respeito a todas as diferenças, Dilma Rousseff também elogiou o Piauí. "Eu tenho muito orgulho do Piauí. O Piauí era considerado o estado mais pobre da federação em 2003, quando eu cheguei com Lula lá em Brasília e o Wellington (Dias) chegou aqui ao governo. E hoje eu tenho certeza que se tem um estado do Nordeste que tem um grande futuro pela frente é o Piauí. E os passos que o Piauí deu são todos nessa direção", acrescentou, finalizando que "nossa maior riqueza são os piauienses e os brasileiros."
Proposta do Piauí
A presidente leu a reivindicação de uma mãe chamada Renata. Ela pediu maior atenção aos surdos. "Sou mãe de uma surda. Eles estão se tornando analfabetos pois não têm uma educação básica por falta de suporte. (...) Os surdos estão pedindo socorro", dizia o bilhete. "E eu tô escutando, Renata", afirmou Dilma Rousseff, defendendo cidadania básica para todas as pessoas.
Durante o Dialoga Brasil, Dilma Rousseff fez referência aos vários movimentos sociais presentes e elogiou os estudantes do município de Cocal dos Alves (PI). Disse que apesar de jamais ter ido ao município, já o conhece por conta das medalhas conquistadas nas Olimpíadas de Matemática. A presidente ressaltou a importância dos professores para esse sucesso.
Uma mulher se levantou na plateia e gritou "Dilma, eu te amo". A presidente a agradeceu; "Eu também amo você."
Em seguida, defendeu o Dialoga Brasil como momento para compreender o país e "agirmos em consoância com o que é mais necessário para as pessoas poderem crescer, se transformar, e que a gente tenha um país cada vez melhor". Na visão da presidente, o papel do governo é dar condições para que a população tenha oportunidades.
Transnordestina, educação, Pronatec...
Dilma Rousseff falou da visita que fez a Paulistana, nas obras da ferrovia Transnordestina. Destacou a conversa que teve com uma família da região, que ressaltou os benefícios das melhorias alcançadas nos últimos anos e a esperança de um futuro melhor na educação do filho.
A presidente defendeu o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) como forma de dar oportunidade aos brasileiros e elogiou o Piauí pelas ações de desenvolvidas. "Eu tenho certeza que o desenvolvimento do Piauí vai dar muito orgulho para todos os brasileiros. Daí porque eu saúdo essa iniciativa de aqui se construir parques eólicos na proporção que está se construindo."
Dilma também admitiu que o Brasil passa por problemas, mas ressaltou a força do país e disse que são "dificuldades que nós podemos superar".
Intimidade e gafe
No começo do seu discurso, a presidente falou do governador Wellington Dias e disse que o chama carinhosamente de "Índio". "E o chamo como uma grande homenagem. Wellington Dias é de fato um governador que tem uma força pessoal muito grande, uma força de superação e sobretudo uma grande convicção de lutar pelo seu estado. E eu tenho sido testemunha disso, até pelo tanto que ele me atormenta, né Wellington?"
Em seguida, quando fez referência aos deputados presentes, cumprimentou "a deputada Mainha". Ao ser alertada de que na verdade falava de José Maia Filho, o Mainha (SD), Dilma Rousseff pediu desculpas e disse ter pensado se tratar de "Mãinha".
Hérlon Moraes (flash)
Fábio Lima (da Redação)
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