Cidadeverde.com

Dilma anuncia em coletiva que Marcelo Castro será o novo ministro da Saúde

Imprimir

A presidente Dilma Rousseff anunciou em coletiva nesta sexta-feira (2) que o deputado federal, Marcelo Castro (PMDB), será o novo ministro da Saúde, em substituição ao petista Arthur Chioro.

Roberto Stuckert Filho/PR

Dilma fez o anúncio durante coletiva no salão Leste do Palácio do Planalto ao lado do vice-presidente Michel Temer.

Foi confirmada a redução de oito ministérios – passando de 39 para 31 -, corte de 30 secretarias nacionais e de 3 mil cargos em comissão. A presidente anunciou corte também de 20% de gastos de custeio e a criação da central de automóvel, além delimites de passagens, telefones e viagens. 

"Governos de coalizão (...) precisam de apoio do Congresso. Nós vivemos numa democracia. É com Congresso eleito pelo povo brasileiro que meu governo tem que dialogar para aprovação de medidas e leis que acelerem a saída da crise."

Novas medidas de redução de gastos

Além da redução de ministérios, Dilma anunciou novas medidas de redução de gastos no governo. A principal delas é o corte no salário dos ministros, cuja remuneração atual é de R$ 30,9 mil. 

Criação da comissão permanente de reforma do Estado
Corte de 30 secretarias nacionais em ministérios
Redução em 20% com gastos de custeio e contratação de serviços
Limite de gastos com telefone, passagens e diária
Metas de eficiência no uso de energia elétrica e água
Corte de 10% na remuneração dos ministros
Revisão de todos os contratos de aluguel, segurança e administrativos
Venda de imóveis da União não utilizados para políticas públicas
Corte de 3.000 cargos em comissão
Pastas já existentes sob nova direção

Por fim, Dilma anunciou mudanças no comando em pastas já existentes. 

Ministério da Saúde: sai Arthur Chioro (PT-SP), entra o deputado federal Marcelo Castro (PMBD-PI)
Ministério da Ciência e Tecnologia: sai Aldo Rebelo (PC do B-SP) e entra o deputado federal Celso Pansera (PMDB-RJ)
Secretaria de Portos: sai Edinho Araújo (PMDB-SP) e entra Helder Barbalho (PMDB-PA). Barbalho era titular da Pesca, que será extinta
Ministério da Defesa: sai Jaques Wagner (PT-BA) e entra Ricardo Berzoini (PT-SP)
Ministério da Educação: sai Renato Janine e entra Aloizio Mercadante (PT-SP), atualmente na Casa Civil

 

Atualização às 10h

Em entrevista à Folha de São Paulo, o futuro ministro da Saúde, o deputado federal, Marcelo Castro (PMDB), disse que será um ministro “inimpressionável”. Marcelo Castro promete que não vai ceder às pressões da bancada para promover as distribuições políticas de verbas da pasta.

“Eu não me curvo às pressões e serei um ministro inimpressionável”, declarou Marcelo Castro à Folha. 

O anúncio do nome de Marcelo para o ministério foi feito ontem a noite pelo Palácio do Planalto. Nesta sexta-feira (2) pela manhã, ele deve ser oficializado quando a presidente Dilma Rousseff vai anunciar todas as mudanças em seus ministérios.

Como uma forma de demosntrar independência, ele citou que foi relator do projeto da reforma política, e que por ter se recusado a apoiar o “Distritão”, acabou sendo destituído do cargo pelo presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB-SP).

Segundo a Folha, Marcelo não quis antecipar planos para o Ministério e disse que o PMDB vai continuar na base de governo de Dilma. Também disse que impeachment para a presidente é “remotíssimo”.

Marcelo Castro, 65 anos, é doutor em psiquiatra pela UFRJ e atua como deputado federal desde 1999. Filiado ao PMDB de 1981 a 1991, passou pelo PSDB e pelo PPR antes de retornar ao PMDB.

 

 

Lyza Freitas e Yala Sena (Com informações da Folha)
[email protected]

Você pode receber direto no seu WhatsApp as principais notícias do CidadeVerde.com
Siga nas redes sociais