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Aos 52 anos, Cláudia Ohana comemora rótulo de sex symbol: “Acho ótimo”

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Prestes a estrear no cinema como par romântico de Mariana Ximenes, no filme “Zoom”, Cláudia Ohana só tem o que comemorar. Apesar de estar longe das novelas desde 2013, quando participou de “Joia Rara”, a atriz está ansiosa para estrelar sua primeira cena de sexo lésbico, se prepara para interpretar a mãe do lutador José Aldo nas telonas e se destaca na segunda temporada de “Psi”, da HBO, indicada à categoria de melhor série dramática do Emmy 2015.

Mas sua conquistas recentes não param por aí. Aos 52 anos, além de talento de sobra, ela exibe uma silhueta de dar inveja a muita garotinha e “celebra” 30 anos de seu primeiro - e tão comentado - ensaio nu. Em entrevista à Marie Claire, ela fala sobre os novos trabalhos, o rótulo de sex symbol e direitos da mulher.

LONGE DAS NOVELAS, BOMBANDO NO CINEMA
Há dois anos afastada do horário nobre global, Cláudia Ohana estava escalada para o elenco de “A Regra do Jogo”. Porém, uma série de novos projetos a impediram de participar da atual trama das 21h. “Eu amo novela e fiquei triste de não fazer. Nem perguntei qual seria o personagem para não me apegar”, contou.

Além da segunda temporada da série “Psi”, onde vive uma psicanalista, ela precisou se dedicar ao filme que contará a história de vida do lutador brasileiro José Aldo e ainda se preparar para interpretar uma hippie bissexual em “Zoom”, que promete grande repercussão. No longa, Cláudia protagoniza uma cena de sexo lésbico com Mariana Ximenes. 

“Eu serei dona de uma pousada e a personagem da Mari, que está em crise, irá se hospedar lá para tentar se ‘reencontrar’”, explica. “A minha personagem vai significar uma espécie de ‘liberdade’, que vai levá-la para a vida. E aí rola um lance entre elas.”

Segundo Cláudia, a cena foi uma grande surpresa. "Senti muita vergonha, não sabia o que fazer na gravação. Eu era a ativa da relação.” Mas o constrangimento passou assim que ela assistiu ao filme durante o Festival do Rio 2015, na última semana. “Eu estava ansiosa, mas achei muito bonita. Não está vulgar. Por isso, não me assustei. Todo mundo fica muito curioso em relação a ela, o filme é muito mais do que isso. Por acaso tem uma cena de sexo.” O lançamento nos cinemas está marcado para março de 2016.
“Tenho a sorte de ser naturalmente magra", diz Cláudia Ohana aos 52 anos

SEX SIMBOL
Se no início da carreira, ser reconhecida pelo talento era seu maior objetivo; agora, aos 52 anos, ela confessa que adora ser elogiada pela aparência. “Antigamente, o rótulo de sex symbol me incomodava, porque eu ficava preocupada em me mostrar como artista, não só como um rostinho bonito”, conta. “Hoje em dia, se me chamam se sex symbol, eu tiro onda. Acho ótimo!”

O corpo sarado, segundo ela, é resultado de muitos anos de dança e de alongamentos diários. Mas claro que a genética também contribui. “Tenho a sorte de ser naturalmente magra. Aliás, eu tenho o problema de ficar magra demais, se bobear. Nunca fui neurótica da academia ou quis ter um corpo marombado. Mas sempre gostei muito de dançar, e isso ajuda muito”, conta ela que foi finalista da edição de 2012 do quadro “Dança dos Famosos”, do Domingão do Faustão.

“Conforme fui ficando mais velha, precisei me cuidar melhor. Me alimento bem, não sou de farra e durmo bastante. Outro dia, vi uma notícia com a seguinte chamada, ‘Cláudia Ohana exibe corpão na praia’. As pessoas estão muito legais comigo. Que corpão é esse que não estou vendo?”, diz, rindo.

Apesar dos elogios frequentes, Cláudia confessa que o envelhecimento é, sim, uma grande preocupação. “Eu tenho medo da morte. Sem dúvida, tenho medo de envelhecer. Porém, como é inevitável, tento aproveitar para me tornar uma pessoa mais madura nas minhas escolhas. Vamos ficando mais seletivas na questão da amizade, do que nos faz sentir culpada, e até com relação a qual vinho tomar e ginástica fazer”, explica. E confessa: “Passei por muitas crises de idade. Quando eu tinha 29 entrei em uma megacrise, depois aos 40 e também aos 50.”

#MEDEIXA!
Este ano, Cláudia completa também 30 anos de seu primeiro ensaio nu para uma revista masculina. “Daqui a pouco vou fazer uma festa, porque as pessoas gostam tanto”, ironizou. As fotos, publicadas em 1985, ficaram marcadas pela ausência de depilação da moça, que tinha 22 anos à época. “Acho engraçado porque várias pessoas estavam naquele estilo, mas eu acabei ganhando destaque por levantar essa bandeira.”

Hoje, ela garante que já não mantém o mesmo visual, mas faz um apelo: “Me deixa ser ‘cabeluda’! Me deixa com a minha ‘perseguida’”. Segundo Cláudia, a exposição não incomoda, já faz parte da rotina. Entretanto, adoraria que alguns comentários fossem evitados. “Me deixa usar shortinho aos 50”, acrescentou rebatendo alguns “conselhos” que costuma ouvir, inclusive de pessoas mais próximas.

A atriz acredita que a pressão sobre as mulheres precisa diminuir. “Com a vida moderna, temos acumulado tantas funções e ainda assim existe essa cobrança social para estarmos magras, bonitas, com a roupa adequada... É muito chato”, diz. “As pessoas ainda acham que mulher precisa de marido, discutem se podemos ou não transar no primeiro encontro, chamam de ‘cachorra’ quem tem relações sexuais com vários parceiros, comentam se bebemos demais... Ainda? Esse tipo de pensamento nunca existiu no meu mundo.”

Quando o assunto é a luta pelo direito das mulheres, ela destaca a importância da liberdade de escolha sobre seguir ou não com a gravidez. “Eu sou a favor do aborto, porque é urgente!”, disse. Em entrevista à Marie Claire, sua filha Dandara Guerra, de 31 anos, já havia revelado ter recebido o apoio da mãe ao realizar um aborto aos 18 anos.

Sem medo de defender suas posições, Cláudia ainda fez questão de mandar um recado aos homens: “Se cuidem, porque estamos poderosas!”

 

Fonte: Marie Clarie

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