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Robert Rios comenta operação e elogia governador por demitir "lobista"

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A Operação Zelotes, deflagrada nesta segunda-feira (26) pela Polícia Federal nos estados de São Paulo, Piauí, Maranhão e Distrito Federal, repercutiu na Assembleia Legislativa do Piauí na sessão desta terça-feira. O deputado estadual Robert Rios (PDT) foi à tribuna e comentou o suposto envolvimento do ex-diretor da Fundac, Hallysson Carvalho Silva. Ele foi um dos ouvidos pela Polícia Federal. A operação investiga fraudes no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), ligado ao Ministério da Fazenda. 

Foto: Alepi

Segundo informação postada na página da Alepi na internet, Robert Rios elogiou o governador Wellington Dias por ter adotado as providências necessárias para evitar que sua administração fosse comprometida por um “ficha suja” e virado manchete por atos de corrupção, por ele denunciado há meses e levado ao conhecimento do Chefe do Executivo pelos deputados Fábio Novo e João de Deus, ambos do PT.

"Mostrei hoje a contribuição que a oposição pode dar ao governo. Há dois meses ele era diretor da Fundac. Se não fosse isso, a manchete dos jornais seriam: PF prende diretor do governo do PT. Eu denunciei e o governador atendeu", disse o deputado ao Cidadeverde.com.

O parlamentar acrescentou ainda que o governo está fazendo auditoria na antiga Fundac para descobrir possíveis irregularidades. "A oposição fez o papel dela", disse.

Ainda de acordo com a Alepi, Rios chamou o ex-diretor de “lobista perverso”. Ele ocupou cargo na Fundac durante os 3 meses que o deputado Francis Lopes esteve à frente da pasta. O deputado, inclusive, afirmou em aparte a Robert Rios que assume qualquer responsabilidade pelo seu ato.

“Conheci essa pessoa em Brasília, onde ele tinha um excelente trânsito nos gabinetes. Pensei em utilizar a influência que ele tinha para conseguir aprovar nossos projetos no Ministério”, disse o deputado em sua defesa.

O deputado Marden Menezes (PSDB) criticou a forma como o ex-diretor foi indicado para o cargo.  “Ouvi dizer foi o filtro para a indicação desse diretor. É estarrecedor, causa perplexidade a falta de um filtro para escolha e nomeação de auxiliares do governo”, declarou, também em aparte a Robert Rios.

A Operação Zelotes investiga processos que somam R$ 19 bilhões. Segundo a Polícia Federal, esse é um dos maiores esquemas de sonegação fiscal já descobertos. Suspeita-se que três quadrilhas operavam dentro do colegiado, causando um prejuízo de pelo menos R$ 6 bilhões aos cofres públicos. Em outra ação, conhecida como Acrônimo, a PF investiga um esquema de compra de portarias do Ministério do Desenvolvimento para habilitar empresas no Programa Inovar-Auto que envolve as mesmas montadoras. 

O Cidadeverde.com tentou contato com a PF, mas foi informado que as investigações estão concentradas em Brasília.

Da Redação
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