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"Ele pode se esconder, mas vai ser preso", disse promotor sobre condenado por feminicídio

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Em entrevista ao Notícia da Manhã, promotor de Justiça Francisco de Jesus disse que a polícia continua vigilante para prender Edemir Francisco da Silva Batista, condenado a 63 anos e seis meses de cadeia pelo assassinato de uma criança de 3 anos. A condenação do réu é a primeira no Estado por feminicídio.

"Temos uma Polícia Civil e Militar atuantes. Eu digo que ele pode se esconder em um buraco de formiguinha, mas com certeza a polícia vai encontrá-lo. A vítima vai estar sob proteção do Estado e se ela se sentir ameaçada, de alguma forma, ela deve procurar o Ministério Público, para que ela tenha a proteção integral a essa vítima", disse o promotor. 

A morte ocorreu no dia 7 de junho no município de Monsenhor Gil, a 56 km ao sul de Teresina. A menina era sobrinha do agressor. A criança foi espancada até a morte na presença de suas duas irmãs, uma de 7 e outra de 9 anos, após tentar manter relações sexuais com sua mãe, Naiane Santos de Paiva, e não ser correspondido.

Edemir Francisco foi julgado e condenado por dez crimes, dentre eles, cárceres privados, ameaças, lesões corporais e homicídio triplamente qualificado, resultando em duas penas: uma de 60 anos de reclusão e outras de três anos e seis meses de detenção. 

"Com a Lei do Feminicídio, matar a mulher por questão de ser mulher tornou-se um crime hediondo e a pena, inicialmente, a ser cumprida é fechada. Para que haja a progressão de regime é necessário que o condenado cumpra mais de 2/3 da pena. Com isso a sociedade está dizendo que não tolera mais este tipo de delito", disse. 

 

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Graciane Sousa
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