A 1º competição internacional de 2015 para o judô brasileiro começa na sexta-feira. É o Grand Prix de Havana, fundamental para os judocas participantes somarem pontos no ranking mundial e ficarem próximos das vagas olímpicas. O Brasil terá 2 retornos importantes.
O medalhista olímpico Rafael Silva ( foto) da categoria acima de 100kg, não entra no tatame desde abril do ano passado, quando se contundiu no campeonato pan-americano. Ficou fora dos Jogos Pan-americanos e do mundial, dando espaço para David Moura, que o superou no ranking mundial. Hoje Rafael é 14º e David 12º. Em poucas competições até a Olimpíada, Rafael precisará de bons resultados para não ter o sonho de uma 2º medalha olímpica adiado.
Nos 73kg, Alex Pombo se contundiu de forma dramática durante uma luta nos Jogos de Toronto e também ficou fora do restante da temporada. No seu peso nenhum outro brasileiro conseguiu aproximar no ranking, mas Pombo precisa evoluir do 22º lugar, para ter adversários mais tranquilos na Rio 2016.
Além dos tradicionais judocas cubanos, que sempre rivalizam com os brasileiros no quadro de medalhas das disputas continentais, o Grand Prix de Havana terá muitos europeus buscando pontos no ranking mundial. Rússia, Alemanha, Hungria, Azerbaijão terão vários judocas acostumados a pódios nas principais competições mundiais. Confira os brasileiros no Grand Prix de Havana e principais rivais
Nos 60kg, Felipe Kitadai e Eric Takabatake seguem na disputa pela vaga olímpica, ponto a ponto. Kitadai é 14º do mundo e Takabatake 16º. Eles terão como principais adversários em Havana, o equatoriano Lenin Preciado ( ouro no Pan de Toronto) e o uzbeque Diyorbek Urozboev ( bronze no Grand Slam de Abu Dhabi).
Nos 66kg, Charles Chibana, número 26º do ranking, tenta repetir o desempenho no Pan de Toronto quando foi ouro. Terá como principal rival o russo Kamal Magomedov, bronze no mundial 2014, ouro nos Jogos Europeus 2015 e 13º do ranking.
Os 73kg, categoria de Alex Pombo, terá o campeão do Pan de Toronto, o cubano Magdiel Estrada e o russo Mansur Isaev, atual campeão olímpico, que tenta recuperar pontos no ranking. Nos 81kg, Leandro Guilheiro, duas vezes medalhista olímpico terá mais uma chance de somar pontos para tentar se aproximar de Victor Penalber no ranking mundial, algo bem improvável.
Nos 90kg, Tiago Camilo pode encarar seu eterno rival de continente, o cubano Asley Gonzalez, vice-campeão olímpico. Tem também o russo Kirill Vaprosov, bronze no mundial 2014 e 15º do mundo. Outro forte atleta é o húngaro Kristian Toth, número 6 do mundo.
Na categoria acima de 100kg, Rafael Silva terá como fortes rivais o alemão Andre Breitbarth ( 5º no último mundial) e o russo Renat Saidov ( número 10 do ranking e bronze no mundial 2014).
No feminino, 48kg, nossa campeã olímpica Sarah Menezes tem 3 durezas pela frente: a argentina Paula Pareto ( atual campeã mundial), a cubana Dayaris Mestre ( ouro no Pan de Toronto e eterna rival da brasileira no continente) e a russa Nataliya Kondratyeva ( bronze no Grand Slam de Tókio 2015).
Nos 57kg, Rafaela Silva pode enfrentar novamente a canadense Catherine Beauchemin, que a eliminou do mundial e dos Jogos Pan-americanos. Outros nomes importantes são a americana Marti Maloy (vice-campeã mundial em 2013) e a húngara Hedvig Karakas ( bronze no Grand Slam de Tókio 2015).
Nos 63kg a representante brasileira é Mariana Silva. A favorita é a israelense Yarden Gerbi, campeã mundial em 2013 e vice em 2014. Nos 70kg, Maria Portela tenta repetir o sucesso do Grand Slam de Tókio quando foi bronze. Outra israelense deve ser sua principal rival, Linda Bolder, número 10 do mundo. Finalmente na categoria acima de 78kg, Maria Suelen terá como principal obstáculo para o ouro sua eterna rival cubana, Idalys Ortiz, bicampeã mundial e campeã olímpica. Em 7 duelos entre as duas, Idalys venceu todos.
A última participação do Brasil nessa competição foi na edição de 2014 e a seleção conquistou 5 medalhas: 3 pratas, com Eric Takabatake, Tiago Camilo e Érika Miranda, além dos 2 bronzes de Sarah Menezes e Hugo Pessanha.
Fonte: Yahoo
