Vítimas que reconhecem os suspeitos (foto) devem procurar a polícia.
A dupla suspeita de integrar a quadrilha de estelionatários, que aplicava golpes em idosos e mulheres em Teresina, teria oferecido R$ 20 mil à polícia para não ser presa. Douglas Barros Borba e Matheus Carvalho da Silva foram presos em flagrante na tarde ontem (01), enquanto aplicavam mais um golpe. Mais seis pessoas ainda devem ser presas.
De acordo com o delegado Wilon Gomes, titular do 1º DP, os homens já estavam sendo investigados há vários meses e foram presos em flagrante na agência do Banco do Brasil da avenida Frei Serafim. No momento da abordagem, os suspeitos ofereceram suborno aos policiais.
"Conseguimos pegar os dois exatamente no momento em que iam fazer mais uma vítima. Eles estavam realizando o empréstimo em nome de uma idosa no valor de R$ 20 mil e ofereceu esse valor à polícia quando foram abordados. Na Central de Flagrantes, os dois foram autuados por estelionato e corrupção ativa", disse Wilon Gomes.
O Gerente de Polícia Metropolitana, o delegado Luci Keiko, disse que somente na Delgacia do Idoso, 27 registros foram feitos com relação a crimes semelhantes aos praticados pela dupla. A estimativa é de que tenham arrecadado R$ 300 mil com os golpes. Mais de 50 pessoas foram vítimas do bando.
O delegado Wilon Gomes destacou ainda que a quadrilha é composta por cerca de oito homens e que as investigações continuam, o que deve resultar em novas prisões.
"Além dos que participavam diretamente dos golpes, há pessoas que forneciam suas contas bancárias para que o dinheiro das vítimas fosse transferido. Nossas investigações apontaram contas nos estados de São Paulo, Maranhão, Ceará e no Distrito Federal. Essas pessoas com certeza serão investigadas"
"Além dos que participavam diretamente dos golpes, há pessoas que forneciam suas contas bancárias para que o dinheiro das vítimas fosse transferido. Nossas investigações apontaram contas nos estados de São Paulo, Maranhão, Ceará e no Distrito Federal. Essas pessoas com certeza serão investigadas"
Restituição
O delegado Wilon destacou que as pessoas que foram vítimas da dupla devem acionar a polícia e procurar o Banco do Brasil. "Elas poderão ter os valores restituídos porque o banco de certa forma tem responsabilidade, por não haver a segurança necessária. O banco fará a restituição dos valores roubados", informou.
Lucy Keiko informou ainda que as pessoas devem ficar atentas, nunca oferecer informações sigilosas e estar atentas a falsos prêmios. "Não existe dinheiro fácil assim, as pessoas têm que ter cuidado", alertou.
A orientação geral é nunca oferecer o cartão do banco ou senhas e, sempre que precisar de ajuda com transações bancárias, buscar funcionários do banco devidamente identificados com crachá e colete.
Como eles agiam
Uma pessoa – dentro do bando – é escolhida para abordar uma idosa. Geralmente, a vítima é mulher. A pessoa conta que ganhou na loteria e mostra os mesmos números da mega sena ou Quina. Então, ele começa a se queixar que poderá perder o dinheiro do prêmio porque não tem como abrir uma conta no banco. O falsário investe mais ainda e pede para a pessoa o número da conta e garante que dividirá o prêmio de R$ 1 milhão. Para convencê-lo, o criminoso chega a depositar R$ 5 mil, mas depois retira da conta, iludindo a vítima e retirando todo o dinheiro da conta da idosa.
Flash Maria Romero
Redação Graciane Sousa
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