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Travesti atingida com tiro no Corso deixa UTI, mas pode ficar com sequelas

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A travesti Pâmella Beatriz Leão, 23 anos, que foi atingida com um disparo de arma de fogo na cabeça durante o Corso de Teresina, após ficar 36 dias na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital de Urgência de Teresina, apresentou uma pequena melhora e foi transferida para uma unidade intermediária.

De acordo o diretor geral do HUT, o médico Gilberto Albuquerque, apesar do quadro de saúde de Pâmella estar estável, ela poderá ficar com sequelas.

“Ela apresentou uma melhora, saiu da UTI, mas continua nessa unidade de cuidados intermediários. Apresenta pequenas reações como mexer um dos dedos. Não temos previsão de alta, pois ela irá passar por uma recuperação lenta na qual poderá apresentar diversas sequelas”, disse o diretor. 

A Assessoria de Comunicação informou que a alta da UTI foi dada na sexta-feira (4) e que Pâmela não fala ainda por causa da traqueotomia, mas responde a estímulos com gestos e entende as perguntas feitas. A travesti está consciente e orientada. 

A jovem foi atingida com um tiro na cabeça por volta da 00h30 do dia 31 de janeiro deste ano, logo após a realização do Corso de Teresina, que ocorreu no sábado (30), na avenida Raul Lopes, zona Leste de Teresina. 

Investigações

Nesta terça-feira (8), o delegado Ademar Canabrava informou ao Cidadeverde.com que o caso continua sob investigação. “Estamos aguardando a melhora no quadro de saúde da paciente, que continua hospitalizada. Estamos investigando o caso. Precisamos do depoimento da Pâmella para fechar alguns pontos”, disse o delegado, afirmando que, assim que possível, pedirá o depoimento da vítima. 

A polícia já identificou a arma do crime, uma pistola ponto 40. O suspeito de ser proprietário da arma é um policial, que já foi ouvido pela polícia e estava de plantão no evento. No depoimento, o policial alegou que foi trabalhar sem a arma porque teria sido furtada da sua casa no dia do evento, mas não comunicou ao superior e nem registrou Boletim de Ocorrência. 

Além do policial suspeito de ser o proprietário da arma, outras testemunhas já prestaram depoimento. 

Uma amiga da Pâmella, de 17 anos, é a principal suspeita do disparo. Ela alega que o tiro foi acidental. Em depoimento, a adolescente disse o grupo de amigas, que ela e Pâmela fazem parte, estavam dançando a música “Paredão Metralhadora”. A adolescente estava com a arma na mão quando o disparo acidental ocorreu. 

Na época do depoimento, Canabrava concedeu entrevista ao cidadeverde.com, no dia 02 de fevereiro, com as seguintes declarações: “ela diz que uma pessoa estava embriagada e com uma arma ao seu lado nos quiosques da margem do Rio Poti. As amigas teriam pego a arma e começaram a brincar. Uma apontando para a outra, quando essa jovem de 17 anos pegou a arma, a outra segurou na mão dela e fez a arma disparar atingindo a Pâmela”, afirmou o delegado.

 

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Carlienne Carpaso
redaçã[email protected] 

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