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FMS toma medidas necessárias para bloqueio da caxumba em Teresina

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A Fundação Municipal de Saúde (FMS) notificou o Ministério da Saúde sobre os casos de Parotidite infecciosa (mais conhecida como caxumba ou papeira) em Teresina. Uma nota informativa, elaborada pela Diretoria de Vigilância em Saúde da FMS, já foi distribuída entre as Unidades de Saúde da capital, orientando médicos e outros profissionais sobre o manejo da doença.

“O Ministério da Saúde foi notificado para que as doses da Vacina Tríplice Viral (VTV) sejam garantidas para nossa cidade, caso os números da doença aumentem, mas creio que isso não vai acontecer, pois estamos tomando todas as medidas de bloqueio necessárias. O que tem acontecido na cidade é que as pessoas na faixa etária de 20 a 40 anos, que estavam com o esquema vacinal atrasado, acabaram sendo acometidos pela Parotidite infecciosa”, explica o enfermeiro da Diretoria de Vigilância em Saúde da FMS, Ricardo Brito Soares.

O enfermeiro explica ainda que a vacina só foi inserida no esquema vacinal dos brasileiros entre os anos de 1997 e 2000 e muitas pessoas deixaram de se vacinar por não cumprirem o esquema vacinal de maneira correta.

A vacinação é o instrumento disponível para controle da caxumba. O esquema vacinal recomendado pelo Programa Nacional de Imunizações inclui a administração da Vacina Tríplice Viral (que também protege contra sarampo e rubéola) aos 12 meses de idade e um reforço aos 15 meses com a Vacina Tetraviral (que, além das três doenças, protege contra catapora). Conforme o calendário, todas as crianças e adolescentes até 19 anos de idade devem ter duas doses de vacinas que protejam contra sarampo, caxumba e rubéola, enquanto indivíduos de 20 a 49 anos que não apresentarem comprovação vacinal devem receber uma dose de tríplice viral.

“Queremos deixar claro que as instituições que nos procuram relatando casos de Parotidite infecciosa são visitadas e orientadas. Uma avaliação do esquema vacinal das pessoas desses locais é realizada e vamos fazer o bloqueio, atualizando o cartão de vacina das pessoas”, diz Ricardo Brito Soares.

No Brasil, a caxumba não é uma doença de notificação compulsória. No entanto, a FMS orienta que as Unidades de Saúde realizem a notificação, para que seja feita a identificação e investigação de possíveis surtos no município. “Entende-se como surto de caxumba a ocorrência de pelo menos dois casos em ambientes fechados como creches, escolas, ambientes de trabalho, entre outros”, fala Amariles Borba, diretora de Vigilância em Saúde da FMS.

A caxumba é uma doença viral de evolução benigna, caracterizada por febre e aumento de volume de uma ou mais glândulas salivares, geralmente a parótida e, às vezes, sublinguais ou submandibulares. “Não existe tratamento para a caxumba, indicando-se apenas repouso, analgesia e observação cuidadosa quanto à possibilidade de aparecimento de complicações”, informa Amariles Borba.

A transmissão da caxumba ocorre por via aérea, disseminação de gotículas, ou por contato direto com saliva de pessoas infectadas. O período de incubação varia de 12 a 25 dias. Seu período de transmissibilidade varia entre 6 e 7 dias antes das manifestações clínicas até 9 dias após o surgimento dos sintomas.

Da redação
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