Cidadeverde.com

Graça Amorim volta atrás em projeto sobre gênero e chama de "intolerante"

Imprimir

A vereadora Graça Amorim classificou como "intolerante" a proposta aprovada pela Câmara Municipal de Teresina que solicita a retirada da bibliografia adotada nas escolas municipais que faz referência a identidade de gênero. Durante a sessão desta quarta-feira (30) a vereadora se pronunciou afirmando que acha a medida "equivocada", na tribuna. Entretanto a parlamentar foi uma das que havia votado a favor do projeto que teve um único voto contrário, que foi o da vereadora Rosário Bezerra (PT), nas duas votações.

A vereadora explica que a mudança no seu posicionamento partiu de uma análise mais criteriosa do projeto, que não foi feita antes da votação, segundo ela, por problemas no sistema de mídia eletrônica da Câmara. "Eu tive um problema pessoal para resolver de urgência e voltei para a sessão no meio da votação. Nesse dia houveram duas sessões no mesmo dia e eu confesso que votei desapercebida porque quando cheguei já estava havendo a votação e não consegui acessar o teor do projeto porque a mídia eletrônica que é disponibilizada só exibia a ementa do projeto. Eu sou totalmente contra esse projeto e admito que votei desapercebida. Não sou a favor disso, sou a favor que as crianças tenham mais conhecimento. Isso seria como tapar o sol com a peneira", declarou a parlamentar.

Na oportunidade, Graça pediu para que os políticos que são contra os novos modelos familiares baseados na homoafetividade a se pronunciem publicamente sobre o tema. "A sociedade tem que saber que  bandeiras  os políticos estão defendendo. Os grupos excluídos deste projeto de lei têm direito de saber quem votou contra e a favor. Será que esses políticos vão ter coragem de declarar abertamente que são contra as lutas pela igualdade de gênero?”, questionou a vereadora.

A matéria, que trata especificamente sobre a proibição da distribuição desses livros na rede pública municipal de ensino - ensinos infantil e fundamental -, é subscrita pelos vereadores Cida Santiago (PHS), Ananias Carvalho (PDT), Antonio Aguiar (PROS), Celene Fernandes (PRP), Joninha (PSDB), Levino dos Santos (PRB), Ricardo Bandeira (PSL), Teresa Britto (PV) e Tiago Vasconcelos (PRB).

Para a autora do projeto, a vereadora Cida Santiago (PHS), a decisão de abordar o tema deve ficar a cargo dos pais, deixando que a escola continue educando com o modelo tradicional. "Os livros estão sendo implantados sem consentimento dos pais. O que nós vamos acrescentar no projeto é isso. Cabe aos pais decidirem a educação moral e sexual dos seus filhos. Vai competir a eles que querem ou não adotar esses livros", afirmou.

Leia mais sobre este assunto:

"Excluir outros tipos de família é violência simbólica", diz pesquisadora

Movimento pede veto de Firmino á Lei que proíbe material de gênero nas escolas

Veto: "Vereadora diz que livro com ideologia de gênero é um abuso"

Rayldo Pereira
[email protected]

Você pode receber direto no seu WhatsApp as principais notícias do CidadeVerde.com
Siga nas redes sociais