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Regina Sousa desabafa sobre votação na Câmara: "venceu a hipocrisia"

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A presidente do Partido dos Trabalhadores no Piauí, senadora Regina Sousa, usou as redes sociais para desabafar sobre a aprovação do processo de impeachment de Dilma Rousseff, votada neste domingo (17), no plenário da Câmara dos Deputados. No post, a petista criticou o resultado e diz que o afastamento da presidente atinge diretamente as minorias.

"Venceu a hipocrisia, o fundamentalismo, a intolerância, o latifúndio , a terceirização, o trabalho escravo, a redução da maioridade penal, e a corrupção encarnada no Eduardo Cunha. Perderam os quilombolas, os indígenas, os negros e negras,os pobres, a juventude, os programas sociais e o combate a corrupção", postou. 

De Brasília, a senadora também criticou o juiz federal Sérgio Moro, responsável pela operação Lava Jato, que desvenda um complexo esquema de corrupção, propinas e cartel de empreteiras na Petrobras.  No post, ela também faz referência ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que também é investigado na operação e teria recebido propina de R$ 52 milhões. Dos 22 deputados federais investigados pela PGR (Procuradoria-Geral da República) no esquema de corrupção revelados Lava Jato, 16 votaram a favor da continuidade do processo, que agora segue ao Senado. 

"A moeda de troca nos últimos três dias foi frear a Lava Jato, e os vira casaca são exatamente os implicados nas famosas listas. Quero ver o Moro bancar a postura de paladino da moral ou se vai fazer o que fez com o BANESTADO, que é três vezes maior que a Lava Jato e ele engavetou. Agora vamos ao Senado. Se há um consolo, é que cada um que votou a favor do golpe, ao se olhar no espelho vai ver a cara do Eduardo cunha lhes assombrando pro resto da vida", acrescenta. 

 

Oposição

Por outro lado, o deputado estadual Marden Menezes (PSDB), que defende a saída da presidenta, disse que a Constituição Federal está sendo cumprida e que a decisão da Câmara atende o clamor popular. 

"A Constituição deixa claro que nem mesmo a presidente pode estar acima da lei. Se não bastassem as propinas para o favorecimento da campanha eleitoral, a presidente cometeu crimes fiscais, deixou de repassar dinheiro da dívida pública para os bancos e com isso também investiu em campanha, desequilibrando um pleito. O Congresso atendeu o clamor da população que em massa pede o afastamento imediato da presidenta da República por 71,5 % da sua maioria a Câmara dos Deputados acolheu e deu prosseguimento ao processo de impeachment", disse o deputado. 

O parlamentar atribui a crise econômica do país ao atual Governo e diz que a saída da presidenta representa o progresso. 

"Não há como prosperar ou seguir adiante com um Governo que não tem credibilidade e um Governo que não encontra mais confiança na população brasileira. O Piauí foi grande. Os parlamentares, pelo menos, conseguiram equilibrar a votação meio a meio. A gente esperava até que o voto pró-impeachment pudesse superar os que ainda defendem a presidente, ams a verdade é que a nação passa por um momento difícil e é preciso ter calma e tranquilidade para esperar a isntituições cumprirem o seu papel. Não há motivos para soltar foguetes. O momento exige muito equilíbrio e calma", disse. 

A votação atingiu mais que os 342 votos favoráveis necessários para dar continuidade ao processo de afastamento da presidenta. Foram 367 votos favoráveis, 137 contrários, sete abstenções e duas ausências. A bancada do Piauí ficou dividida, com cinco votos a favor e outros cinco contra. 

 

Graciane Sousa
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