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Criança usada em ritual passa por exame toxicológico no HUT

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A conselheira tutelar Socorro Arrais disse que solicitou ao Hospital de Urgências de Teresina (HUT) que fosse feito um exame toxicológico na menina de dez anos, supostamente usada em um ritual de magia negra. Além da perícia do líquido que a garota teria ingerido, o hospital também aguarda esse resultado para abrir o protocolo de morte encefálica da criança. 

De acordo com a conselheira, o estado de saúde da garota é irreversível. “E se por ventura ela vier a óbito, também pedimos que seja feita o exame cadavérico para saber a causa da morte”, declarou Socorro. 

A conselheira informou ainda que a criança participava, com a mãe, de rituais de uma suposta religião para ser curada de problemas respiratórios. “Ela teve a cabeça raspada e com uma espécie de lâmina eram feitas cruzes nos braços e acima e abaixo dos peitos da criança, para a gente isso configura tortura. Enviamos a denúncia para o Ministério Público e para a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA)”, destacou. 

Sobre o líquido ingerido, Socorro Arrais disse que se trata de uma “garrafada” que ainda não há informação quem teria repassado à mãe para a menina tomar. “A polícia vai investigar se a garrafada partiu desse ritual ou de outro lugar”. 

Outras crianças

O Conselho Tutelar também investiga, junto com a DPCA, se há outras crianças de Teresina que participam desse mesmo ritual. “Fomos a uma escola e possivelmente tem uma ou duas crianças com a cabeça raspada e com os sinais de tortura pelo corpo. Como passamos o caso para a delegacia, esperamos que seja dado prosseguimento na segunda-feira”, disse a conselheira. 

Ela ressalta que mesmo que faça parte de um ritual religioso, o uso de objetos cortantes no corpo de uma pessoa, se configura tortura e merece ser apurado. 

 
Caroline Oliveira
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