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Marcelo Castro diz que Justiça demorou a decidir sobre afastamento de Cunha

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"Antes tarde do que nunca". Essa foi a frase de Dilma Rousseff quando soube do afastamento de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) do mandato de deputado federal e, consequentemente, da presidência da Câmara. Em entrevista ao Notícia da Manhã, nesta sexta-feira (06), o ex-ministro da presidente e deputado federal Marcelo Castro (PMDB-PI) não foi tão direto como a petista, mas em outras palavras, afirmou que a Justiça também tardou. 

"A nossa Justiça, embora eu tenho muito respeito por ela, demora muito nas decisões. O procurador-geral da República, Rodrigogo Janot, apresentou denúncia contra Cunha em dezembro, ou seja, se passaram cinco meses. Passar esse tempo todo para dar uma decisão liminar? Por quê tanto tempo? A Justiça poderia ter sido mais célere e tomado essa decisão antes, uma medida que a Justiça julgou que era necessária, indispensável e foi tomada por 11 votos a 0. Se tivesse feito isso lá atrás, teria evitado todo esse problema da protelação, indefinição, procrastinação sobre a Comissão de Ética do Senado", disse o piauiense. 

O parlamentar frisa que a atual legisltatura será a mais marcante da história política do país e que o sistema eleitoral virou uma partida de futebol.

"Eu assisti o julgamento do Cunha já no final e não entendia aquele foguetório todo em Brasília. Só à noite, entendi que as pessoas estavam comemorando a saída dele, quer dizer, virou uma partida de futebol. Essa atual legislatura e mandado vai vicar para a historia como o mais marcante e o que  a gente mais lembrar para o resto das nossas vidas. Não tivemos um dia de paz. No aspecto da reforma politica, eu lamento tudo o que está acontecendo e fica cada vez mais evidente que nós precisamos mudar os métodos políticos. É impossível conviver dessa maneira", destaca o peemedebista. 

Marcelo Castro disse também que a maioria dos políticos em exercício representa apenas 10% da população e que "pessoas normais" não tem mais vez na política. 

"O sistema político está expulsando as pessoas normais. Estão ficando pessoas que tem dinheiro , facilidade de conseguir dinheiro seja qual meio for, pastores evanegélicos (nada contra eles), jogadores de futebol, apresentadores de televisã, os artistas...É só você pegar o mapa da Câmara que você vai ver isso, que hoje os representantes da sociedade representam 10% da população. 90% da população de 'pessoas normais' não chega na Câmara Federal. Esse sitema eleitoral precisa mudar. O grande probelma foi o Eduardo Cunha", desabafa.

O peemedebista, mais uma vez, saiu em defesa de Dilma Rousseff e falou sobre o advogado-geral da união, José Eduardo Cardozo, que defende defende a presidente na comissão do impeachment.

"A impressão que eu tenho é que ele é o melhor advogado do Brasil. Ele pegou o  relatório do Antônio Anastasia- relator do processo que pede o afastamento da petista- e mostrou que o que estão fazendo contra ela é uma violência. Não existe crime nenhum de responsabildaide fiscal. O Eduardo Cardozo, desde a comissão de ética v, que ele levanta a tese de que o Cunha abusou do poder", reitera. 


Graciane Sousa
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