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Jovair Arantes diz que Maranhão está com legitimidade arranhada

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O deputado federal Jovair Arantes (PTB-GO), relator do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) na Câmara Federal, afirmou nesta segunda-feira (10) que o presidente interino da Casa, Waldir Maranhão (PP-MA), não tem mais legitimidade para continuar no cargo que ocupa desde o afastamento do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A decisão ontem de anular a sessão que  votou o impeachment e mais a tarde a revogação, deixou o Legislativo em Brasília desnorteado.

" Fizemos uma reunião dos líderes, uma reunião muito proveitosa, onde buscamos uma proximidade de opiniões, evidentemente que, em um colégio de líderes com mais de dez partidos, dificilmente você consegue uma definição com todos. Queremos que a Casa funcione, que seja valorizada, que não possa ter este  tipo de solavanco que teve neste momento. Não convém, não é próprio da Casa, que sempre teve o respeito da sociedade brasileira", afirmou à TV Cidade Verde direto de Brasília.

Por volta das 15h, Os titulares da Mesa Diretora da Câmara pediram, por unanimidade, a renúncia de Waldir Maranhão (PP-MA), do cargo de 1º vice-presidente da Casa. A Mesa também propôs a Maranhão, como alternativa, o afastamento temporário do mandato – e, logo, da 1ª vice-presidência – por 120 dias, não prorrogáveis.

"Ele está com a legitimidade arranhada no ponto de vista do povo brasileiro, não é nem só da Câmara. Os deputados não querem a sua permanência e não aceitam a sua direção. Por esta razão nós temos que achar um ponto de equilíbrio", disse.

Segundo ele, neste momento os deputados buscam seguir o regimento da Câmara para afastar Maranhão. "Temos que usar os instrumentos regimentais que a Casa nos oferece e vamos usar. Antes de qualquer medida de força regimental, precisamos partir para o diálogo. Não dá para continuar nessa letargia que estamos, levando em consideração que a Casa e o povo brasileiro não permitem isso", concluiu.

Caso Maranhão renuncie, haverá novas eleições para o cargo de 1º vice-presidente da Câmara em cinco sessões. Segundo a Secretaria Geral da Mesa, o cargo cabe ao PP ou a outro partido do bloco que o PP integrava no início desta legislatura, que contava com os partidos PMDB, PTB, DEM, PRB, SD, PSC, PHS, PTN, PMN, PRP, PSDC, PEN e PRTB. Até que as eleições se realizem, Giacobo assumiria.

Caso Maranhão se licencie do mandato por 120 dias, o 2º vice-presidente assumiria a Presidência interina da Câmara nesse período.

Hérlon Moraes
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