A tag #SOSUESPI foi um dos assuntos mais comentados no Twitter, chegando ao Trending Topics (TT's), ou seja, palavra mais tuitada em todo o país.
Por volta das 11h, desta terça-feira (17), o assunto já havia sido tweetado mais 3 mil vezes. A presidente da Associação dos Docentes da UESPI (Adcesp), Lina Santana, explica que o twitaço tem como objetivo socializar a situação da Universidade Estadual do Piauí que enfrenta vários problemas, entre estes, o risco de fechamento de mais de 50 cursos por falta do mínimo de professores efetivos.
"O twitaço é para socializar as últimas notícias após a reunião de ontem com o MP, quando foi mostrado que dos 108 cursos da Uespi, 65 funcionam em situação irregular. Com base nisso, o promotor Fernando Santos entende que esses cursos devem ser fechados. Os alunos que estão cursando continuam, mas a Uespi ficaria impedida de abrir novas vagas", explica Santana.
Dos 65 cursos em situação irregular, 53 não têm o número mínimo de cinco professores efetivos. Os demais cursos podem fechar baseado em outros fatores.
Além disso, há quase um mês, professores e técnicos estão em greve. A presidente da Adcesp ressalta que as negociações com o Governo quase não têm avançado.
"Essa greve é dos professores, servidores e alunos. A participação de todos tem sido muito boa. Hoje (17), fomos à Assembleia Legislativa do Piauí entregar ofício nas mãos de cada um dos deputados, para que eles também façam adesão à causa", reitera Santana.
Entre as reivindicações da categoria estão a revogação da Lei 6.772/2016, que congela a progressão de carreira dos docentes da Uespi. De acordo com o projeto, professores que fizessem mestrado, doutorado ou qualquer qualificação na área docente não iriam receber aumento de salário.
Por outro lado, como proposta, o Governo se comprometeu em dividir as promoções e progressões, anteriormente proposta em três parcelas, em duas, a serem realizadas em junho e outubro deste ano, para os professores. Para os técnicos, o pagamento seria concluído em junho, sem a necessidade de parcelamento. Para os alunos, o Governo sinalizou investimentos no montante de R$ 15 milhões, a serem aplicados em projetos apresentados pela própria comunidade acadêmica.
Graciane Sousa
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