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Uespi debate sobre estigmatização e violência contra travestis

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O Brasil lidera o ranking de violência homofóbica no mundo. A expectativa de vida das travestis é de apenas 30 anos, enquanto a expectativa de vida da população brasileira é de 75 anos e dois meses (75,2), de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Dentro desta temática a Universidade Estadual do Piauí (Uespi) realiza a palestra “Morra para se libertar: Estigmatização e Violência contra Travestis”, que acontece dentro das atividades da 12° Semana do Orgulho de Ser, nos dias 8 e 9 de junho, no campus Torquato Neto. Promovido pelo grupo Matizes em parceria com a Uespi, a Semana tem como tema: “ Direitos: a gente quer inteiro e não pela metade”.

Na palestra, serão debatidos temas sobre os direitos, estigmatizações e violência contra travestis. Segundo a palestrante convidada, Valeria Melki Busin, professora da Universidade do Estado do Mato Grosso (Unemat), as travestis não têm acesso aos Direitos Humanos básicos. Desde muito novas as elas são sistematicamente excluídas do convívio escolar, familiar e do mercado de trabalho. “Elas são agredidas, isoladas e expulsas, assim, são obrigadas a se tornar profissionais do sexo. A maioria não quer isso, mas 90% entram para o mundo da prostituição”, afirma.

Valéria Melki, afirma que o debate da transfobia na academia é importante, porque a Universidade precisa acompanhar o que acontece na sociedade e produzir pesquisas. “A sociedade precisa dessa transformação. A maioria dos casos de morte acontecem por causa de preconceito”, acrescenta.

A Uespi foi umas das primeiras universidades do Brasil, e a primeira no Piauí a adotar o nome social para travestis e transexuais, um marco na história da Universidade. “É a universidade se comprometendo em respeitar a diversidade, dizendo que é uma instituição que respeita as diferenças, a diversidade, a pluralidade de ideias, de jeitos de viver ”, declara o pró-reitor de Extensão, Assuntos Estudantis e Comunitário, Raimundo Dutra.


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