O risco de desabastecimento de combustível e cimento em Teresina, que era real até a semana passada, está afastado em razão de negociações conduzidas desde a última sexta-feira pelo Ministério Público do Trabalho, para pôr fim à greve dos ferroviários, que se arrasta há mais de três semanas.
Nesta segunda-feira, após discutirem por quase sete horas, na sede da Procuradoria Regional do Trabalho (PRT), representantes da empresa Transnordestina Logística S/A e do Sindicato dos Ferroviários decidiram manter as negociações.
Com a interveniência do procurador João Batista Luzardo Soares Filho, chefe da PRT, as tratativas avançaram porque a empresa, antes refratária à readmissão de trabalhadores demitidos, aceitou estudar uma contraposta do Sindicato para que retornem às atividades nove dos catorze empregados dispensados.
Durante a audiência, os sindicalistas disseram que no final de semana passado a categoria demonstrou boa vontade, dispondo-se, até, por medida de segurança, a dividir dois trens, um em Timon (MA) e outro em Altos (PI). O gesto visava ainda, segundo esclareceram os sindicalistas, a demonstrar boa vontade para facilitar as conversações.
Em face de a empresa ter pedido prazo para estudar a contraposta do sindicato, ficou estabelecido o prosseguimento das negociações no dia 1º de setembro, segunda-feira, sem a suspensão da greve, mas com garantias de que o movimento não trará prejuízos ao interesse público.
Até que se chegue a termo nas negociações, trabalhadores e empresas se comprometeram perante o Ministério Público do Trabalho a manter 30% dos serviços, incluindo o fornecimento de combustíveis (doze vagões-tanque de combustível/dia), além de seis vagões de cimento por dia.
Além disso, empresa Transnordestina também se comprometeu a analisar o processo judicial que cuida da reintegração do empregado reabilitado. Por fim, o procurador Luzardo Soares reiterou que não pode haver obstrução das linhas.
Redação
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