Prestes a completar 30 dias preso, o prefeito de Redenção do Gurgueia foi solto na noite de ontem (10). Apesar de estar em liberdade, Delano Parente (PP) não poderá reassumir o cargo e pode voltar a ser preso caso descumpra alguma das restrições que garantem o andamento da Operação Déspota. 

O promotor de Justiça Rômulo Cordão, coordenador do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado  (GAECO), vinculado ao Ministério Público Estadual, explica que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) entendeu que a soltura de Delano Parente não comprometeria as investigações. Anteriormente, o ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), bem como o STJ, já haviam negado o habeas corpus ao gestor

"O ministro Sebastião Reis Júnior (STJ) fez essa reconsideração. Porém, de toda sorte, ele está afastado das funções de prefeito para que não interfira ou moleste testemunhas. A decisão foi razoável. O prefeito já foi denunciado e se descumprir alguma das medidas impostas pode voltar a ser preso", explica Cordão. 

O promotor explica ainda que o prefeito não pode ter contato com os investigados, testemunhas ou praticar atos como prefeito. "Se surgir um fato novo, ele pode ser preso", enfatiza. Nesta quarta-feira (10), além de Delano Parente também ganhou liberdade Arnilton Pereira do Lago. Já na terça-feira (09), o ministro Sebastião Reis Júnior, do STJ, concedeu habeas corpus ao advogado Igor Martins.

Delano e mais 14 pessoas foram presas em operação deflagrada pelo Gaeco. A investigação descobriu fortes indícios de corrupção, superfaturamento, emissão de notas fiscais frias, utilização de empresa de fachada e lavagem de dinheiro.

Permanecem preso em Teresina, Julimar Pereira Borges (secretário de Saúde), Orlando Gonçalves da Gama, Francisco Cândido de Melo Falcão Neto. Já foram soltos o vereador Francisco das Chagas, o Chiquim, Luiz Nonato Dias da Silva e o pai do prefeito Audemes de Sousa Nunes, secretário de Infraestrutura de Redenção do Gurgueia.

 

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Graciane Sousa
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