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Capoeira: Crianças do Ceir participam do VII Batizado e Troca de Cordas


 

Pacientes do Centro Integrado de Reabilitação (Ceir) participaram, nesse sábado (20), do VII Batizado e Troca de Cordas da instituição, no ginásio Edmilson Jorge, no bairro Dirceu, zona leste de Teresina. A capoeira tem ajudado na reabilitação de um grupo de 25 crianças que fazem tratamento no centro. Na oportunidade, sete crianças participaram da troca de cordas.
 
O coordenador da Reabilitação Desportiva do Ceir, Childerico Robson, afirma que a grande importância do evento é incluir as crianças no ambiente típico da capoeira. “A grande importância desse evento é incluir, trazer os meninos para um ambiente convencional da capoeira e quem ganha mais são os outros capoeiristas que estão aqui de outros estados, de outros municípios, que vão ter a oportunidade de interagir, trocar ideias, com os nossos meninos. Então a sociedade inteira tem a ganhar com um evento dessa magnitude”, ressalta.
 
As crianças da capoeira do Ceir realizaram a apresentação “Puxada de Rede” que é uma manifestação representando a pesca do xaréu, peixe comum em boa parte do litoral brasileiro. Antigamente a pesca era feita com redes de arrasto e esse elemento foi inserido na capoeira. De acordo com Childerico Robson a apresentação realizada pelas crianças do Ceir é inédito em outros lugares.  “A Puxada de Rede no nível que a gente faz aqui com uma turma de crianças com deficiência, somente nós fazemos, não temos conhecimento de outras pessoas que façam isso em outro local e este ano é a segunda vez que a gente faz”, comenta Childerico.


 
Entre as crianças que participaram do evento estava Ozires Maia, acompanhando do seu pai Milton Maia que aproveitou uma folga no trabalho para acompanhar o filho na atividade. “Esses eventos da capoeira ajudam muito na melhora do Ozires, há oito anos ele recebe tratamento no Ceir, e há dois ele participa da capoeira, a cada dia notamos melhoras”, afirma Milton Maia.
 
Na oportunidade, o evento reuniu mestres, contramestres e professores de todo o Estado e foi promovido pelo grupo de capoeiristas IÊ Berimbau. Entre eles estava também o jovem Romário Morais que teve uma paralisia cerebral na infância e foi paciente do Ceir e no próximo mês de novembro se tornará um graduado em capoeira. A mãe de Romário, Vanildes Morais, afirma que a prática esportiva ajudou no desenvolvimento do jovem.
 
“O Romário pratica a capoeira há 14 anos, nesse tempo, ele evoluiu bastante, hoje ele já é capaz de fazer alguns movimentos e melhorou a coordenação motora. Toda vez que o Ceir promove esses eventos o professor Childerico convida a gente”, afirma Vanilde Morais.

Da Redação
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Tags: ceircapoeira