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MPF pede indenização de R$ 1 milhão por morte de onça no revezamento da tocha

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O incidente que resultou na morte da onça pintada Juma, durante a passagem do revezamento da tocha olímpica por Manaus, pode custar caro. Literalmente.

O Ministério Público Federal (MPF) no Amazonas ingressou com ação civil pública na Justiça Federal, e pede que o Exército seja condenado a pagar R$ 1 milhão por danos morais coletivos. Na ocasião, Juma tentou se desvencilhar das correntes e foi atingida por dois tiros na cabeça.

O procurador da República Rafael Rocha quer impedir ainda que o Exército utilize animais silvestres em exibições públicas e requer na ação um pagamento de indenização de R$ 100 mil pela morte do felino ameaçado de extinção.

Rocha pede também a regulamentação do trato destes animais em cativeiro. Segundo relatório do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM), a onça ficava no 1º Batalhão de Guerra na Selva (1º BIS), mas o único local com as licenças necessárias para esta guarda é o Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS).

- Não havia autorização para o animal participar do evento. Não questionamos o sacrifício do animal na ação, questionamos os por quês da coisa ter chegado a este ponto. Um acidente como esse é um retrocesso para a causa ambiental - disse o procurador.

Logo após o ocorrido, o (MPF) recebeu 28 representações de pessoas que exigiam uma providência sobre o ocorrido, um número bastante incomum pelo procurador.

- A lição que fica é que o lugar do animal é seu habitat natural. Não queremos que o Exército interrompa o seu trabalho, mas é preciso melhor regulamentação - acrescentou Rafael Rocha.

A A ação civil pública tramita na 7ª Vara Federal. Procurada, a assessoria de imprensa do Comando Militar da Amazônia (CMA) não quis se pronunciar sobre o ocorrido.

Fonte: Extra

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