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Dia das Crianças é data de solidariedade para pequenos voluntários

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Pedro Lucas, 9 anos, há apenas poucos meses sentiu uma emoção nova. Maria Gabriela, 12, quando ainda sequer sabia falar. O que os dois têm em comum é o sentimento de solidariedade e compaixão que algumas pessoas levam a vida inteira para aprender. Tão novos, Pedro e Maria integram o grupo Eu Quero Ajudar, que promove ações voluntárias em prol de crianças carentes e pessoas em situação de rua. 

Pedro foi levado pelo pai, Pedro Ivo, pela primeira vez a uma ação do grupo há apenas poucos meses. Mesmo assim, ele conta que já tem um sonho: não ver mais ninguém no mundo sofrendo. 

"Eu queria que as pessoas se importassem, as pessoas passam na frente de um morador de rua e nem se importam. Queria ajudar essas pessoas, que os outros não dão muita atenção", diz o menino.

Ele conta como foi o começo da atuação no projeto e confessa que não estava muito interessado no início, mas foi impossível não se render à vontade de ajudar. 

"No começo eu fui porque meu pai me chamou, eu não estava com muita vontade, mas quando eu cheguei e vi, fiquei impressionado e quis ajudar e agora vou novamente. O que me fez querer continuar foi a vontade de deixar elas felizes", relata com sensibilidade.

O pai explica a decisão de levar Pedro para o grupo e diz que o filho lhe surpreendeu já na primeira ação de que participou. Ele conta que quis proporcionar ao garoto a oportunidade de vivenciar boas sensações na troca de sentimentos com pessoas em realidades bastante distintas. 

"Eu sou bastante católico e ligado a essas ações e quis apenas apresentar isso a ele. Eu sempre participei de grupos voluntários, sempre gostei, e penso que tudo nessa vida é uma troca e é bom se for uma troca saudável, que a gente faz e se sente bem. Eu quis levar para que ele tivesse a percepção dele. Na primeira vez, achei que ele ia ficar mais na dele, mas ele quis abraçar as pessoas na ruas, ele quis ajudar, isso que foi o mais bacana e surpreendente. Eu fiz para que ele possa optar pelo tipo de vivência que ele quer ter", explica.

Conceição Jacob, mãe de Maria Gabriela, conta que sua família sempre participou de ações voluntárias. Uma de suas sobrinhas deu início ao Eu Quero Ajudar, há alguns anos, e Maria sempre esteve presente. 

"Na época a gente fazia só no Natal, fazia entregas para moradores de rua e ela participa desde bebê, ela nasceu nesse meio. Ela participa no Dia das Crianças, no Natal, sempre está presente", conta. 

Ela destaca que a decisão de integrar os filhos às ações mudaram o modo como Maria e seu irmão, Matheus, 18 anos, veem o mundo. Ela disse que para além da solidariedade, Maria é uma criança extremamente preocupada com questões sustentáveis e da natureza. 

"Ela é muito precoupada com os outros, isso estimulou ela a olhar melhor para o outro, não ficar fria a um morador de rua, a uma pessoa que precisa, um doente, um idoso. Ela tem muita atenção. Eles cresceram como pessoas e ela já ensina os colegas a lidar melhor com essas questões sociais", explica. 

Neste Dia das Crianças, em que a maioria dos pequenos está com o pensamento fixo no presente que irá ganhar, Pedro dá um exemplo de amor genuíno, de preocupação com crianças que ele sequer ainda conhece. 

"Pela primeira vez, esse ano, vou participar da ação no Dia das Crianças, o grupo combinou de distribuir presentes, não sei se vai dar para eu ir,  mas tomara que dê, quero muito participar. Eu gostaria de ajudar mais gente, porque eu penso nisso todo dia, quando vejo essas pessoas na rua, queria tornar aquelas pessoas minhas amigas, queria que pudessem conviver comigo e nunca mais sofressem", confidencia. 

 

Maria Romero
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