O escritor e professor de história Marcos Vilhena esteve no Feito em Casa, deste sábado(15), falando sobre seu novo livro "Da Pátria à casa", que conta a história dos sírios libaneses no Piauí.

O autor disse que o interesse pela temática surgiu na infância, fase da vida que leu as obras de Jorge Amado, as quais, segundo ele, na sua grande maioria é pontilhada pela presença do imigrante árabe. "Isso me fascinou muito e passei a pesquisar com mais ênfase", falou.

Marcos, que é casado com uma descendente árabe, revelou que já tinha o material do livro guardado há muito tempo e que resolveu publicá-lo para desmistificar para as novas gerações a idéia de que árabe está automaticamente envolvido com fanatismo religioso, a começar pela sua filha pequena que o questionou sobre isso.

Durante a conversa, Cineas e Marcos enfatizaram o legado da cultura árabe e lembraram as heranças que contribuiram para nossa culinária, para o desenvolvimento da matemática moderna e, inclusive, para o tradicional canto do vaqueiro e a literatura de cordel.

Ainda foi tema da entrevista a reforma no ensino proposta pelo governo Temer e criticada pelos dois. Segundo Cineas, cada governo que entra quer deixar sua marca e não há continuidade nos projetos. Ele chamou isso de "síndrome de Deus", onde "o mundo começa no dia que eu tomo posse e termina no
dia que eu saio". E concluiu dizendo que é 'a coisa mais abjeta e mais anti-republicana que existe".

Veja na íntegra a entrevista com Marcos Vilhena no Feito em Casa!

Marcelo Lopes
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