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Conheça detalhes de todos os discos da Legião Urbana

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Vinte anos atrás, em 1996, o mundo perdia Renato Russo — 2016 foi ano de lembranças e de celebração da obra do trovador solitário. Livros, discos, shows, foram vários os tributos à memória do cantor e compositor que ainda marca a música do país com suas canções. Mais uma homenagem, o livro Discobiografia legionária chega às livrarias para contar histórias de todos os discos de Renato e da Legião Urbana.

O livro, escrito pela jornalista e mestre em letras pela PUC-Rio Chris Fuscaldo, apresenta aos fãs as memórias das principais gravações da banda e de Renato. A ideia de contar essa passagens surgiu por um convite da gravadora EMI para escrever textos que acompanharam reedições de LPs da Legião. “Em 2008, eu fui convidada para preparar textos que seriam encartados na reedição em vinil dos oito discos de carreira da banda que seriam lançados em 2010”, lembra.

Depois de escrever os textos, ela pensou que as histórias eram muito boas para permanecer restritas aos encartes dos LPs e quis publicar o livro. “Com as entrevistas que fiz, percebi a riqueza do material e, ao perceber a dificuldade de acesso dos fãs (afinal, com preços altos, os LPs viraram artigo de luxo), achei que a história que estava contando nos encartes renderiam um livro”, explica.

Com o contrato para publicar a obra pela editora LeYa, a autora fez mais pesquisas, principalmente para contar histórias também dos discos ao vivo, das coletâneas e dos projetos solo de Renato. “Minha ideia era colocar no livro a biografia de toda a obra da Legião Urbana enquanto os três estavam vivos e juntos”, explica.

As entrevistas com personagens que participaram dos acontecimentos foram fundamentais para recuperar as histórias e dar forma e corpo ao livro, mas Chris conta também que recuperou matérias de jornal que falavam sobre a banda. O acesso às publicações da época em que as gravações ocorreram ajudou a situar o livro e as histórias no tempo.

Entre as histórias do livros, estão, por exemplo, curiosidades dos processos de gravação, registros da crise de inspiração de Renato Russo no segundo disco, memórias das brigas e confusões entre o grupo. 

O processo de trabalho do produtor Mayrton Bahia, quem mais trabalhou com a Legião, é um desses detalhes inusitados. Mayrton editava as músicas usando a técnica de cortar e colar com lâmina de barbear as fitas de gravação.  

Outro ponto de vista

Renato e a Legião já foram tema de outras obras, como a refinada biografia Renato Russo — O filho da revolução, do jornalista Carlos Marcelo, mas a autora acredita que os álbuns e gravações ficam quase sempre relegados a uma história ou outra, observa. “Esse livro aprofunda a história de cada disco, não tendo a obrigação de dar detalhes sobre a vida dos integrantes da banda, mas entremeando histórias com detalhes dos bastidores das gravações.”

A grande dificuldade para colocar o projeto em prática, conta Chris, foi ouvir as várias histórias e checá-las com outras fontes que pudessem assegurar que a lembrança era verdadeira. “Na escrita de um livro como esse, o mais difícil é não errar na hora de passar certas informações, porque muitas vezes a memória do entrevistado falha. Como o papel do biógrafo é verificar com outras fontes,  isso dá trabalho”, pondera.

Fonte: Correio Braziliense

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