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No Piauí, Heloisa Helena diz que tem ‘inimigos implacáveis’ no PT

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A ex-senadora Heloisa Helena, que está em Teresina para participar de um evento estadual da Rede, soltou o verbo ao comentar sua relação com o PT. Ela foi expulsa da sigla em 2003 por discordar das políticas do partido na época. Em entrevista ao Jornal do Piauí, a alagoana disse que possui ‘inimigos implacáveis’ no Partido dos Trabalhadores.

“Eu tenho amigos queridos dentro do PT e tenho inimigos implacáveis que fazem qualquer coisa para me destruir, como fizeram na campanha do Senado. Foram para Alagoas, tanto Lula como Dilma, chamar Collor, Renan, de companheiros para me derrotar. Isso faz parte, não tem nenhum problema. Eu não guardo mágoa nem rancor dessa história. Eu agradeço a Deus e não me vendi e nem me acovardei”, afirmou.

A ex-senadora lembrou dos momentos que chegou a ser chamada de louca quando começou a discordar do PT, antes mesmo do presidente Lula assumir o cargo pela primeira vez. “Eu tenho convicção de que o poder não muda ninguém, o poder as revela. Dois meses antes do presidente tomar posse eu comecei a brigar e a população dizia que eu era louca. Não aprenderam com o mensalão e fizeram com a Eletrobras e a Petrobras”, disparou, criticando ainda o presidente Michel Temer.

“Michel Temer também era chamado de companheiro”, lembrou.

Alianças 2018

Heloisa Helena descartou qualquer possibilidade de a Rede apoiar outro candidato a presidente em 2018 que não seja Marina Silva. Já são nomes dados como certo para disputar o Palácio do Planalto, o próprio ex-presidente Lula (PT) e o ex-ministro Ciro Gomes (PDT).

“Nenhuma possibilidade de apoio. Nós não nos damos ao direito de nos apresentarmos como partido político que teve que nascer, e de repente temos que esquecer oito anos de história do governo Fernando Henrique e 13 anos de história do governo do PT, envolvendo tráfico de influência, corrupção ativa e passiva, crimes contra a administração pública, então era melhor não existir com o partido. Nós nos apresentamos a alternativa da falsa polarização PT, PSDB e o PMDB se articula com qualquer um que esteja no poder. Nós não somos da legião da ética eletiva, ou seja, condena a corrupção praticada no outro e acoberta quando é na sua gangue, partido ou quadrilha”, declara.

A militante da Rede classifica a política de alianças no país como dura e sem identidade. “Às vezes a identidade programática é enterrada e o que faz a conta é a medíocre matemática eleitorialista, como o tempo de televisão, o coeficiente. É sempre isso. Nosso papel hoje é respeitar todas as outras candidaturas. Todos os partidos têm direito de se lançar. Não tenho dúvida que existem pessoas valorosas em outras estruturas ou fora de partidos. É com esses que queremos dialogar e ver quem tem condição de dialogar”, finalizou.

Hérlon Moraes
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