Atualizada às 12h10

A Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito de Teresina (Strans) informou que apenas 30% dos ônibus circulavam nas ruas da capital na manhã de hoje (30), primeiro dia da greve de motoristas e cobradores do transporte público. O Tribunal Regional do Trabalho da 22ª Região determinou que 70% da frota estivesse nas ruas nos horários de pico. 

Segundo a Strans, agentes de fiscalização estavam nas garagens no início da manhã para acompanhar o início da greve. A informação é de que, normalmente, os veículos seguem para os terminais por volta das 4h30, mas hoje o trajeto iniciou às 6h20. 

Além disso, de acordo com o primeiro balanço da Superintendência, apenas 30% dos ônibus - 132, de um total de 442 - estavam circulando normalmente. Há mais 125 veículos cadastrados pela Strans, entre ônibus, microônibus e vans para atender a população. Segundo o TRT, cerca de 170 mil usuários devem ser afetados. A strans continua cadastrando veículos. 

"É importante ressaltar que todas as categorias que tem gratuidade estão isentas. Pedimos que as pessoas denunciem caso esse direito seja negado em algum veículo pois todos devem respeitar a legislação em vigor", afirmou Francisco Nogueira, diretor de Transporte Público.

Passeata

Os motoristas, cobradores e a Central Única dos Trabalhadores (CUT) realizaram passeata no Centro de Teresina em apoio à greve dos rodoviários. O grupo saiu da sede do sindicato da categoria, na Rua Paissandu, e seguiu até a Areolino de Abreu.

Foto: divulgação/CUT

O objetivo foi informar à população sobre a situação da categoria, que pede reajuste salarial de pelo menos 10%. Empresários oferecem 7%. 

Atualizada às 10h23

O Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina – SETUT – divulgou nota na manhã desta segunda-feira (30) afirmando que os motoristas em greve não estão cumprindo a decisão judicial do TRT (Tribunal Regional do Trabalho). Pela decisão, os ônibus deveriam circular 70% da frota no horário de pico e 60% após pico. O Sindicato dos Rodoviários nega acusação e garante a circulação dos 310 coletivos dos 442 ônibus existentes. 

Veja na íntegra a nota do Setut:

NOTA DE ESCLARECIMENTO

Em relação à greve dos motoristas e cobradores de ônibus de Teresina, que teve início neste segunda-feira (30), a diretoria do SETUT comunica que o Tribunal Regional do Trabalho (TRT),  atendendo à solicitação do SETUT concedeu uma liminar no último domingo (29), aumentando a frota para 70% nos horários de pico e 60% nos demais horários, para que a população não seja prejudicada.

No entanto, o Sintetro não está cumprindo com a determinação da Justiça do Trabalho, IMPEDINDO DOS TRABALHADORES CHEGAREM NAS GARAGENS DAS EMPRESAS, o que representa não apenas um ato ilegal, mas principalmente um total desrespeito à população de Teresina.

Temos um áudio que nos chegou pelos WhatsApps, onde o Presidente do Sindicato dos Motoristas convida a categoria para não colocar um ônibus sequer para servir a população.

O SETUT informa ainda que todos os esforços foram feitos para que essa greve não fosse deflagrada. Foi realizada uma reunião na última sexta-feira (27), na qual o TRT com o objetivo de evitar a greve, apresentou uma proposta de  8,5% de reajuste perante uma inflação de 6,5%. O SETUT concordou, no entanto, o SINTETRO não aceitou.

Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina – SETUT

 

Atualizada às 9h40

O presidente do Sindicato dos Rodoviários, Fernando Feijão, garantiu que a categoria está cumprindo a decisão da justiça de circular 70% dos ônibus no horário de pico durante a greve. Esse percentual é equivalente a 310 veículos, da frota de 442, durante a paralisação. No horário pós pico, a decisão da desembargadora Liana Chaib, do Tribunal Regional do Trabalho, é que circule 60% dos veículos – um total de 265 ônibus. 

Circulou informação de que haveria uma assembleia dos motoristas e cobradores para avaliar se o movimento iria continuar ou não, mas a categoria resolveu aguardar um novo chamado de negociação com os empresários.

“Nós cumprimos tudo que estava na decisão judicial. Saímos da garagem às 6h da manhã e 70% da frota estava circulando”, garantiu Feijão.

O presidente informou que já se reuniu com os 30% dos trabalhadores na manhã desta segunda-feira (30) para dar as orientações.

“Todo mundo deve ficar tranquilo e trabalhar normalmente. Ainda é o primeiro dia de greve e estamos aguardando o Setut convidar para a negociação”.

Atualizada às 7h40

Hoje Teresina amanheceu parada devido à greve dos ônibus. As paradas estão lotadas de passageiros à espera do transporte. A greve dos motoristas e cobradores começou nesta segunda-feira (30) e, por determinação da justiça, por meio da desembargadora Liana Chaib, 70 % da frota nos horários de pico e 60% nos demais horários devem circular pela capital.

A greve segue por tempo indeterminado. Pelo menos 170 mil passageiros, segundo Sindicato das Empresas de Transporte Urbano e Teresina (Setut), devem ser afetados pelo movimento grevista.

Nas primeiras horas de hoje, passageiros relataram que apenas os veículos alternativos estão rodando. A Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans) já cadastrou 80 carros.  Nos veículos cadastrados pela Strans, que são ônibus e vans, os passageiros somente poderão pagar as passagens em dinheiro. O Strans disse ainda que os profissionais atrasaram em pelo menos 2 horas a saída dos primeiros carros da garagem.

Com relação ao transporte alternativo, os estudantes pagarão meia passagem mediante a apresentação da carteira estudantil. A integração no sistema não poderá acontecer, uma vez que não será possível utilizar o cartão.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Empresas de Transportes Rodoviários (Sintetro), Fernando Feijão, desmentiu, durante o Notícia da Manhã desta segunda-feira (30), que um aúdio falando sobre  o não cumprimento da determinação judicial não é verdadeiro, e não é sua voz. No aúdio a informação é de qeu 100% da frota não rode hoje. 

"Eu não confirmo essa informação. Nós fomos notificados ontem há tarde e o sindicato nunca descumpriu uma ordem judicial. A determinação é que se rode os 70% da frota. Desde às 6h da manhã os onibus estão saindo da garagem, disse Feijão.

Sobre o tempo de duração da greve, o presidente do sindicato disse que aguarda uma nova negociação de reajuste salarial.

"Na sexta (27), foi colocado um percentual pela desembargadora de 8,5% , que a categoria não aceitou; a categoria insiste, em pelo menos, 10% de reajuste. Nós estamos a disposição o tempo todo para a qualquer momento sermos chamados pelos empresários para negociar, e chegar ainda hoje em um acordo. A população de Teresina não merece passar por tantos transtornos", declarou. 

Ônibus alternativos estão circulando por Teresina

Usuários reclamam

No primeiro dia da greve dos motoristas e cobradores de ônibus no transporte público de Teresina, os passageiros foram afetados de diferentes formas. Algumas pessoas relataram ao Cidadeverde.com ter esperado o coletivo por um tempo até três vezes maior que o comum; outros passageiros relataram não terem sentido tanto impacto. 

No ponto de ônibus do Hiper Bom Preço, na Avenida Frei Serafim, a dona de casa Soraya Lopes, esperou por pouco tempo – cerca de 20 minutos – um ônibus para o bairro Lourival Parente, na zona Sul.  

“A gente percebe que tem menos ônibus, a movimentação está diferente, mas achei que iria estar pior. Estou aqui há mais ou menos 15 minutos”, disse. Pouco tempo depois, Soraya embarcou no ônibus aguardado. 

Já a estudante Gerlene Pereira contou que estava no ponto de ônibus havia cerca de 1h30min. Ela estava voltando pra casa, localizada no bairro Porto Alegre, também na zona Sul. 

“Eu só não estou atrasada para os meus compromissos porque já estou indo para a minha casa, mas acho isso um absurdo. Tem uma hora e meia que estou esperando, e normalmente fico esperando por meia hora”, reclamou a estudante. 

Os mototaxistas que normalmente se beneficiam com o período de greve, não perceberam aumento na procura pelos seus serviços. Eles não relataram aumento no movimento. Raimundo Neto, que trabalha na área, falou sobre a situação. “Até que tem bastante ônibus, pra gente não fez muita diferença”, declarou. 

 

Carlienne Carpaso e Maria Romero
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