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Substâncias químicas podem contribuir para o ganho de peso

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Você já ouviu falar em desreguladores endócrinos (DE) ou disruptores endócrinos? Estas substâncias químicas são capazes de exercer efeito semelhante ao de hormônios presentes em nosso organismo. Ou então podem agir inibindo a ação de um determinado hormônio no nosso corpo. Estão presentes no nosso dia-a-dia sem que nos demos conta: no ar que respiramos, em produtos de beleza e de higiene pessoal, em eletroeletrônicos, nos móveis que enfeitam os apartamentos, em recipientes de plásticos etc. Pois é, o perigo não só mora ao lado, como está dentro das nossas casas! Os desreguladores endócrinos atuam não apenas em adultos, mas principalmente nas crianças e até mesmo durante a gestação produzindo efeitos nocivos que persistem por toda a vida. Sua atuação é muito marcante principalmente na promoção do excesso de peso, que é o tema de nosso artigo.


É preciso ter medo dos desreguladores endócrinos?

Não. Certamente não há razão para pânico! Existe um grande esforço por parte das principais sociedades médicas ao redor do mundo para se entender cada vez mais sobre o tema a fim de desenvolver ações que impeçam ou ao menos minimizem os efeitos deletérios destas substâncias sobre a saúde humana. De fato, a compreensão sobre os desreguladores endócrinos vem crescendo muito nos últimos anos e a relação destas substâncias com o ganho de peso e a obesidade é tão marcada que se cunhou um termo especial só para tratar de um subgrupo de desreguladores endócrinos que são capazes de promover o excesso de peso - os obesógenos.


Mas quais substâncias são desregulares endócrinos?

Tributilina: usada como fungicida e encontrada também na poeira doméstica. Mesmo em quantidades bem pequenas é capaz de reduzir a quantidade de massa muscular e aumentar a quantidade de tecido adiposo em animais

Bisfenol A: encontrado frequentemente na composição de plásticos de uso doméstico (recipientes e copos plásticos, etc). Atua de forma semelhante ao estrogênio (principal hormônio feminino). Associação com a obesidade ainda é controversa, porém seus efeitos deletérios em outros campos da medicina já são comprovados. Seu uso já foi proibido nos EUA e no Brasil também.

"Flame retardants": diversos compostos usados para retardar ou impedir a combustão/aquecimento são amplamente empregados em eletroeletrônicos, materiais de construção e até mesmo na mobília de nossos lares. Diversos estudos associam a exposição precoce a estes desreguladores endócrinos ao desenvolvimento de obesidade, baixo peso ao nascer e alterações na função tireoideana.

Ptalatos: uso para conferir flexibilidade a produtos de plástico e também como carreadores de odor em cosméticos e produtos de higiene pessoal. Se desprendem facilmente e, em seguida, se difundem no ambiente, estando presentes na poeira doméstica. Estas substâncias tem uma relação relativamente comprovada com a obesidade.


Fonte: Minha Vida

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