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Sinpoljuspi contesta afastamento de agentes penitenciários da Irmão Guido

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O Sindicato dos Agentes Penitenciários do Piauí (Sinpoljuspi) contestou o afastamento dos agentes penitenciários que estavam de plantão durante fuga em massa da Penitenciária Regional Irmão Guido no Carnaval. Para Cleiton Holanda, vice-presidente do Sindicato, a medida da Secretaria de Estado de Justiça do Piauí (Sejus) é uma punição antecipada para os agentes. 

"Contestamos a arbitrariedade em querer afastas os agentes. Isso é uma punição antecipada. Nada atrapalha a investigação e não somos contra a qualquer tipo de investigação", disse Holanda.

Por outro lado, a Sejus informou em nota que o afastamento é preventivo, até a conclusão da investigação aberta para apurar em que circunstâncias ocorreu a fuga, e sem prejuízo da remuneração. Além dos sete agentes penitenciários, dois policiais militares também foram afastados. 

Dos 26 presos que fugiram durante o Carnaval, apenas três foram recapturados. Entre estes, um dos gêmeos que comandaria crimes de dentro do presídio. 

O Sinpoljuspi denuncia que, após quase um mês da fuga, o túnel ainda não foi fechado, o que representa novos riscos de fuga. 

"Foi fechado apenas a parte externa, o que não é nada seguro, uma vez que, o preso pode entrar e cavar por um outro buraco onde não tem concreto. Outras celas danificadas, anteriomente pela escavação de túnel, também se encontram-se abertas e há muito ferro exposto. O preso não tem trabalho para arrancar o ferro da parede", denuncia o vice-presidente do Sinpoljuspi.

Além de problemas na infraestrutura, o Sindicato denuncia a infestação de ratos na penitenciária. 

Novo túnel

Neste fim de semana, um novo buraco foi descoberto por agentes penitenciários. Se a tentativa de fuga não tivesse sido abortada, cerca de 80 detentos teriam escapado. 

 

Graciane Sousa
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