O advogado da família do comerciante Hélio Cortez, morto em 2014 durante uma briga em um bar localizado na zona Norte de Teresina, afirma que vai pedir a anulação do julgamento do Tribunal do Júri, que entendeu que o réu confesso, Alexandre Gomes dos Santos, cometeu um homicídio privilegiado.
Diante do entendimento dos jurados, a pena do acusado ficou estipulada em 9 anos de prisão. No entanto, esse tempo diminuiu para 6 anos de reclusão, porque, de acordo com o juri, o motivo que incitou o homicídio foi de relevante valor moral. Alexandre, que estava preso preventivamente há dois, deve cumprir a pena em regime semiaberto.
O advogado Gilberto Ferreira entende que a decisão do júri "ofende qualquer princípio ético" e vai recorrer da decisão. Ele conta que a família da vítima está angustiada com o resultado do julgamento.
"Vou fazer recurso de apelação no sentido de anular o julgamento por entender que a sentença dos jurados foi contrária à prova dos autos e solicitar que haja um novo julgamento. A decisão do tribunal é soberana, mas não podemos, em nome da soberania do júri, nos conformar e nos curvar diante desse resultado", adianta o advogado.
O comerciante Hélio Cortez morreu de trauma crânio-encefálico decorrente dos socos e pontapés durante a briga. Alexandre Gomes o espancou até a morte.
Além do reú confesso, quatro pessoas foram indiciadas pela Polícia Civil pelo crime: a esposa de Alexandre, Suzane Bezerra, como coautora. Um suposto amigo da vítima, Manoel Silvério, e o sargento da Polícia Militar, Almir Costa, foram acusados de omissão de socorro.
Foto: Roberta Aline/ Cidadeverde.com
Izabella Pimentel (com informações da TV Cidade Verde)
Especial para o cidadeverde.com
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