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No Piauí, presidente nacional da OAB critica pressa para votar reformas: 'inaceitável'

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Em visita a Teresina (PI) para comemoração dos 85 anos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o presidente nacional da entidade, Claudio Lamachia, defendeu posição contra a forma como as reformas da previdência e trabalhista tramitam no Congresso Nacional. Além da pressa, ele critica a falta de debate sobre os temas. 

Lamachia declarou, em entrevista para a TV Cidade Verde, que a reforma da previdência é necessária e modernizações também precisam ocorrer na legislação trabalhista. "Mas tudo isso tem que ser negociado, tudo isso tem que ser discutido, acima de tudo de forma técnica e não de maneira assodada como nós estamos vendo hoje, neste momento. Isto é que é inaceitável."

O presidente da Ordem destacou que a entidade tem compromisso com o país e tem buscado parlamentares para tentar garantir um maior debate sobre as reformas, em meio as comemorações dos seus 85 anos. "Exatamente neste momento a OAB reafirma seus compromissos com a sociedade, a democracia, a defesa da Constituição, quando ela luta contra determinadas reformas que na nossa visão são um retrocesso social, como a própria Reforma da Previdência e essa urgência que é imposta hoje na possível Reforma Trabalhista."

Claudio Lamachia criticou um dos argumentos usados para se defender a aprovação urgente dos projetos. "Muitas pessoas dizem que nós vivemos uma crise econômica no Brasil e tudo isso justifica essas reformas. Pois eu não entendo assim. Eu acho que a crise que nós vivemos no Brasil hoje é moral, é ética. Não é econômica. Se nós tivéssemos solucionado há mais tempo toda essa corrupção que nós temos no Brasil, seguramente nós não estaríamos hoje impondo ao cidadão essa necessidade de ele pagar uma conta que não foi gerada por ele", afirmou. 

Por fim, o presidente nacional da OAB pregou também que a sociedade como um todo encerre os conflitos políticos para se unir em torno do melhor para o país. "O Brasil precisa de menos confronto e de mais encontro. Nós temos hoje um Brasil dividido, isto não é bom. Isto não está somando com todos nós. Portanto, nós entendemos que este é o momento de trazermos uma mensagem de união, mas uma união que não seja apenas em torno de uma ou outra proposta, mas em torno de um fortalecimento do sistema democrático brasileiro", concluiu. 

Fábio Lima
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