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Atuação de estudante falso onera a tarifa de ônibus, alerta gerente do Setut

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O gerente do Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut), Fábio Prado, afirmou nesta terça-feira (30 de maio 2017) que a emissão de carteira para falso estudante só onera a tarifa de ônibus.

Ontem, o Cidadeverde.com denunciou que carteiras estudantis em Teresina estavam sendo emitidas com documentos falsos e de escola fechada há cerca de dois anos.  

O gerente do Setut esclareceu que a entidade não tem nenhuma gerência sobre as instituições expedidoras de carteiras estudantis. No caso, a Associação Municipal Dos Estudantes Secundaristas (Ames) e a Comissão Municipal Expedidora de Identidade Estudantil (Cmeie).

 

Além disso, ele ressaltou que o estudante suspeito de apresentar documentos falsos para conseguir a emissão de uma carteira estudantil não possui cadastro no Setut. Logo, não usa se beneficia com a passagem estudatil.

“Todo o nosso cadastro é atualizado anualmente com o conselho estadual e municipal de Educação, justamente, com o objetivo de evitar as fraudes. É importante esclarecer que o Setut é responsável pela emissão e cadastro do cartão de meia passagem para todos os estudantes. Ou seja, nós não temos nenhuma relação direta com a carteira de estudante”, comentou o gerente geral do Setut.

Durante a entrevista concedida nesta terça-feira (30) ao Jornal do Piauí, Prado disse ainda que o Setut tomou conhecimento da carteira por meio da foto,  e que a escola e o nome do aluno não está inserido no cadastro. 

“Então, esse aluno possui a carteira de estudante, mas ele não possui o cartão de meia passagem. É importante a gente diferenciar isso, que às vezes o aluno tem apenas a carteira de estudante. Quando ele vem ao Setut, o processo de cadastro é totalmente diferente. A gente exige além da carteira de estudante, o comprovante de matrícula, comprovante de endereço, CPF, RG e a certificação que ele é um aluno regular na escola”, explicou o gerente.

Fábio Prado também destacou que é preocupante porque a liberação da meia passagem com o uso da carteira estudantil falsificada onera a tarifa de ônibus. Atualmente, a taxa integral é de R$ 3,30 e a estudantil é de R$1,05 – esse valor está congelado há seis anos.

“Isso onera diretamente a tarifa de ônibus  para os demais, principalmente o pagante da passagem inteira e, lógico, a Prefeitura, que realmente precisa fazer uma fiscalização anual maior e mais intensa tanto nas entidades expedidoras de carteiras estudantis como também nas instituições de ensino”, disse Prado. 

Prado também esclareceu que duas vezes por ano os passes estudantis são bloqueados, além do controle biométrico – todos os ônibus são equipados com esse equipamento onde cada usuário de meia passagem ou gratuidade é fotografado, e essas fotografias são comparadas na central de analise com a foto original do cadastro. Justamente, para evitar o uso ilegal desse beneficio. 

“É uma série de controle e de atualizações para evitar conceder um benefício de forma equivocada e, claro, ter a garantia e segurança de que a fraude não vai ocorrer”, reforçou.

Fábio Prando acrescentou que a carteira de estudante, além de permitir o uso do transporte público com uma diferencial,  também é usada para ter o beneficio da meia entrada – ou seja, a metade do valor da taxa inteira – de shows, teatro e cinemas. 

 

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Carlienne Carpaso
[email protected] 

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