O governador Wellington Dias (PT) não acredita na reforma política que está em discussão no Congresso Nacional. Segundo ele, o legislativo federal se tornou um “projeto de indivíduos”, quando na verdade deveria ser discutido propostas para o país. O assunto é tema do Congresso de Ciência Política e Direito Eleitoral (Concipol) que acontece até esta sexta em Teresina.

“Eu estive no Congresso, estive na Câmara, estive no Senado, à medida que a gente foi desmanchando os partidos, à medida que se foi tirando o ideal, a proposta, o projeto dos partidos, as direções foram perdendo força, os líderes perdendo força”, afirmou o governador após participar da abertura do evento.

Para o governador, a política está cada vez mais individualizada, centrada em nomes e não nas agremiações. “A medida que se foi individualizando a política, ou seja, as pessoas, o Congresso se tornou de indivíduos, não é de projeto de Brasil”, ressaltou.

E por falar em partido, Dias aproveitou para comentar a situação do PT, que realiza congresso nacional a partir de hoje em Brasília. Ao comparar a situação da legenda com uma luta de box, o governador disse que o PT foi “às cordas”.

“Neste congresso temos um desafio a mais. Como numa luta de box, o partido foi às cordas e é a força da militância, a partir de um processo que foi de eleição direta, que a gente chega a esse congresso apenas para o coroamento de quem já foi eleito pelo conjunto dos quase 300 mil filiados que votaram em nossa direção em todo o Brasil”, avalia.

Para Dias, o evento dará “o norte” para a sobrevivência do PT. Nessa missão, o governador do Piauí não abre mão da participação do ex-presidente Lula. 

“Esse congresso vai dar o norte para que os líderes, é claro, comandado por quem vai dirigir o partido, mas comandado também por Luís Inácio Lula da Silva, que é o nosso líder maior”, finalizou.

Hérlon Moraes
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