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Incêndio florestal deixa 57 mortos e 59 feridos em Portugal

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Bombeiros tentam combater o incêndio florestal perto de Bouca, na região central de Portugal, na madrugada deste domingo (18) (Foto: Rafael Marchante/Reuters)

Um incêndio florestal de grandes proporções matou 57 pessoas e deixou 59 feridos em Pedrógão Grande, na região de Leiria, no centro de Portugal, segundo balanço oficial divulgado às 10h05 deste domingo (6h05 em Brasília) pelo jornal português “Público”. Autoridades já afastaram a hipótese de incêndio criminoso.

Mais da metade das vítimas (30) morreu carbonizada dentro de seus carros na estrada entre Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pêra, que foi tomada pelo fogo. O secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, informou que, entre os feridos, 18 foram levados para hospitais. Quatro bombeiros e uma criança estão em estado grave.

O diretor nacional da Polícia Judiciária do país, Almeida Rodrigues, descartou que incêndio seja criminoso. "Tudo aponta muito claramente para que sejam causas naturais", afirmou.

As chamas se espalham a partir de quatro focos pela região, que fica próxima a Coimbra e entre as duas maiores cidades portuguesas: Lisboa e Porto.
O jornal “Público” afirma que as cidades de Lisboa, Santarém, Setúbal e Bragança estão sob aviso vermelho até as 21h do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), que indica situação meteorológica de risco extremo.

Exceto o distrito de Faro, o restante do país está sob aviso laranja - o segundo mais grave em uma escala de quatro, que aponta para um risco entre moderado a elevado.


Bombeiros tentam combater o incêndio florestal perto de Bouca, na região central de Portugal, na madrugada deste domingo (18) (Foto: Rafael Marchante/Reuters)

O incêndio começou por volta das 15h de sábado (horário local, 11h em Brasília). Quase 700 bombeiros e mais de 200 veículos foram mobilizados para combater as chamas. Centenas de pessoas tiveram que deixar suas casas.

O sábado foi de forte calor no país, com temperaturas que superaram os 40 graus em várias regiões. Após ter registrado poucos incêndios florestais em 2014 e 2015, Portugal foi duramente atingido no ano passado, com mais de 100 mil hectares de florestas devastadas em seu território continental.

"Enfrentamos uma terrível tragédia. Até o momento, há 24 mortes confirmadas e o número de óbitos ainda pode aumentar", afirmou no sábado o primeiro-ministro português, Antônio Costa, antes do aumento no número de mortes ser confirmado. "Lamentavelmente, é sem dúvida a maior tragédia dos últimos anos em relação a incêndios florestais".

 

 

O primeiro-ministro disse que, no momento, "a prioridade é combater o incêndio que permanece e entender o que ocorreu". Segundo o secretário de Estado de Administração Interna do Governo, João Gomes, "as chamas se propagaram de um jeito sem explicação".

O presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, viajou à zona atingida para prestar suas condolências às famílias das vítimas e "compartilha sua dor, em nome de todos os portugueses", segundo o governo.

Jean-Claude Juncker, presidente da Comissão Europeia, expressou neste domingo pesar pela morte de pessoas em Pedrógão Grande e anunciou a ativação do Mecanismo Europeu de Proteção Civil. A Comissão Europeia afirmou que "A União Europeia está pronta para ajudar" e "tudo será feito para ajudar as autoridades portuguesas, caso seja necessário”.

 

Fonte: G1

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