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Com projeto de novo aeroporto, Firmino revogará decreto de desapropriação de imóveis

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Foto: Rômulo Piauilino

A Prefeitura de Teresina junto ao governo federal está montando uma estratégia para a construção de um novo aeroporto na capital piauiense. Com esse projeto, o prefeito Firmino Filho deseja revogar o decreto de desapropriação dos 346 imóveis, assinado há três anos, no entorno do aeroporto Petrônio Portella. 

O prefeito esteve em Brasília, nesta terça-feira(28), numa reunião no Ministério dos Transportes e informou que está sendo pensado um modelo diferenciado dos outros aeroportos do país para que haja uma Parceria Público Privada que permita a construção em outro local. A ideia é que a obra receba uma contrapartida do Governo Federal e também da Prefeitura de Teresina, para a realização do que é chamado de “operação urbana”. 

Para Firmino, esse projeto vai ajudar na revogação do decreto e as pessoas poderão continuar nos seus imóveis das avenidas Centenário e da Barão de Campo Maior, no bairro Aeroporto, na zona Norte da cidade. Sendo assim, não será necessário a União pagar as indenizações, que de acordo com o prefeito, seria de mais de R$ 100 milhões. 

O gestor destacou que o decreto pode ser revogado assim que o projeto do novo aeroporto for incluído no Plano de Parcerias e Investimentos (PPI) do governo federal, o que pode acontecer até o próximo mês de julho. 

Ele disse ainda que com essa decisão, os prédios edificados no Centro e na zona Norte, que fazem parte do perímetro do atual, poderão ser maiores que quatro andares, o que devido a altura do cone de aproximação aeroportuária não é permitido atualmente, e os andares superiores poderão ser transformados em títulos de vendas. 

“Aqueles espaços que hoje não podem ser construídos por conta da altura do cone de aproximação, eles poderão ser cedidos, para que no futuro, sem desejar venha a financiar a construção desse novo aeroporto. Vamos emitir títulos sobre direito de construção dessas novas áreas que poderão ser realizadas por conta da retirada do aeroporto da atual localização e construído em uma nova”, afirmou Firmino. 

Essa é uma “promessa mais factível” , conforme Firmino, para resolver a problemática do aeroporto da capital, porque ela vai depender de uma operação imobiliária que vai produzir fontes de financiamento para o novo aeroporto. 

“No meio dessa crise toda não existe recursos por meio da União e essa engenharia poderá permitir que o setor privado possa construir um novo aeroporto gradativamente”, argumenta o tucano. 

O novo aeroporto está avaliado em mais de R$ 1 bilhão e a ideia é que a empresa que aceitar construir o novo aeroporto, fique com o sitio aeroportuário atual, na zona norte, onde poderá explorar da forma que quiser. A área está avaliada em mais de R$ 350 milhões, mais de um terço do valor da nova obra e é uma forma que a Prefeitura encontrou para atrair as empresas para participarem da licitação. 

As declarações do prefeito Firmino Filho foram dadas durante participação, nesta quarta-feira(28), da inauguração da sede da Guarda Municipal, no bairro Memorare, na zona Norte. 


Flash de Lyza Freitas
Redação Caroline Oliveira
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