Um menino de 5 anos foi picado por um escorpião na arquibancada do estádio do Guarani, em Campinas (SP), durante uma partida de futebol na noite desta terça-feira (11). Ele foi socorrido no local e ficou em observação em um hospital da cidade até a madrugada desta quarta (12). O garoto passa bem. O clube informou que vai tomar providências.

"A gente conhece o choro de desespero do nosso filho. De repente ele deu um grito desesperado e disse: 'Alguma coisa me picou aqui embaixo'. E começou a chorar. Na hora que olhei já enxerguei o escorpião. Já matei ele na hora. A torcida abriu um clarão e fomos em direção à ambulância", conta o pai da criança, o engenheiro Alessandro Gonzalez Andreo, de 37 anos.

O público do Brinco de Ouro da Princesa era de 5.123 pessoas na noite desta terça.

O menino não apresentou sintomas na primeira hora, mais crítica, segundo os médicos disseram ao pai. Ele ficou lúcido e, ao final da partida, ele foi levado para um hospital da cidade, onde ficou seis horas em observação e depois foi liberado. "Foi só um susto, já está em casa".
Para o pai do menino, a ocorrência de um animal peçonhento no estádio é um absurdo.

"A arquibancada interia ficou atônita de ver. O atendimento foi nota dez. [...] O Guarani não pode deixar uma situação dessa. No estádio a gente não pode correr esse tipo de risco. O Guarani precisa tomar uma providência. [...] O Guarani tem que tomar cuidado, dedetizar o estádio, pelo amor de Deus", diz Andreo.

Segundo a assessoria de imprensa do Guarani, o episódio foi uma fatalidade e providências serão tomadas para que casos assim não se repitam. O clube não descarta realizar uma dedetização no local, e desconhece outras ocorrências desse tipo nos últimos anos dentro das dependências do Brinco de Ouro.

Setor mais caro
O jogo era contra o Goiás pela Série B do Campeonato Brasileiro. Alessandro e o filho estavam com a família na parte mais alta da arquibancada coberta - setor com o ingresso mais caro nessa partida - que fica embaixo do tobogã (arquibancada superior).

Eles estavam sentados encostados em uma mureta e, segundo o pai, o animal peçonhento saiu de uma fresta. O garoto foi picado nas nádegas, sobre a roupa, o que pode ter atenuado o efeito da picada, acredita o pai.

"O bombeiro voltou, pegou o escorpião e levou para o médico da ambulância. Ele foi atendido lá dentro. O médico aplicou um remédio para dor e ele ficou em observação. [...] O médico explicou que deve ter inoculado pouco veneneo porque tinha roupa por cima, foi muito rápido", afirma o pai.

Eles ficaram e contato com o Centro de Informação e Assistência Toxicológica (CIATox-Campinas), localizado na Unicamp, sobre os procedimentos que deveriam ser adotados diante da picada de escorpião.

O garoto nunca tinha sofrido algo parecido, segundo o pai. Ele frequenta os jogos do time desde os 3 anos de idade.

Fonte: G1