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Juiz autoriza envio à PF de documentos apreendidos com acusado de matar cabo do Bope

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O juiz Antonio Nolleto, da 1ª Vara do Tribunal do Júri, determinou que os documentos encontrados  com Leonardo Ferreira Lima e Maria Ocionira, acusados de participar da morte do cabo Claudemir Sousa, sejam remetidos à Polícia Federal. A justiça quer que seja aberta uma  investigação por suposta fraude junto ao INSS. A decisão é desta segunda-feira (7).

O policial foi executado com cinco tiros no dia 6 de dezembro de 2016, quando saía de uma academia no bairro Saci, na zona Sul. Na manhã do dia seguinte, cinco suspeitos já haviam sido presos, dentre eles Leonardo Ferreira Lima, suposto mandante. No apartamento dele a polícia apreendeu documentos que levaram o Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco) a suspeitar de fraude em aposentadorias junto ao INSS.

O delegado Gustado Jung, que presidiu o inquérito policial, disse à época que na documentação apreendida havia o nome de Maria Ocionira, indiciada como coautora intelectual da morte do PM. De acordo com a polícia foram apreendidos produtos e materiais usados em fraudes como selos judiciais, selos de serventias cartorais, carimbos de tabelionatos de notas, e carimbos de sindicatos de trabalhadores rurais do Piauí.

A polícia estranhou tanta documentação ligada a cartórios, já que os dois envolvidos não possuem vínculo de trabalho com o judiciário. Os documentos ainda vão passar por perícia. "Só a perícia pode atestar a falsidade e a fraude", disse o delegado ao Cidadeverde.com.

Segundo ele, mesmo que Leonardo trabalhasse no judiciário não poderia ter em casa cartelas de selos intactas, prontas para o uso.

A investigação policial apontou que tanto a renda de Leonardo como Ocionira eram incompatíveis com a remuneração que ambos recebiam. Ele era funcionário da Infraero. Já Maria Ocionira foi nomeada em janeiro de 2015 para exercer o cargo de assessora técnica na Secretaria de Governo, mas ficou apenas um mês na pasta. Em fevereiro, a assistente social e bacharel em Direito foi exonerada para assumir o cargo de direção no hospital psiquiatrico Areolino de Abreu, de onde também já foi exonerada.

Hérlon Moraes
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