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Gol e Varig terão serviço igual a partir deste mês

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A partir do dia 19 deste mês, Varig e Gol passam a operar como uma única empresa, com novo conjunto de rotas e serviços iguais. A Varig se tornará marca de baixo custo e baixa tarifa no mercado doméstico.

Segundo o presidente da Gol, Constantino de Oliveira Júnior, o serviço de bordo será reformulado e as barrinhas de cereais serão cortadas do cardápio, que passa a ter biscoitos e pães. As aeronaves serão reconfiguradas com a mesma distância entre as poltronas, e o sistema de reservas de passagens será unificado. Na prática, para o consumidor não haverá mais diferença entre as marcas.

O programa de milhagem Smiles poderá ser usado em vôos de ambas as marcas. Segundo Oliveira Júnior, ele passa por mudanças para gerar receita e sustentar a emissão de volume maior de passagens.

O programa tem 5,9 milhões de clientes e 115 empresas parceiras. "Não tem Gol/Varig. Vai ser tudo Gol. Vai ter avião da Varig e da Gol, o serviço dentro é o mesmo, e você não necessariamente vai saber de antemão qual será a pintura do avião em que você vai voar", disse.

Marca

Pesquisa realizada pela empresa detectou que a marca Varig já não tem o mesmo valor para pessoas com menos de 30 anos. Oliveira Júnior nega a extinção da marca e diz que ela ainda é percebida como valiosa em vôos para o exterior, mas especialistas afirmam que a tendência é que o laranja da Gol passe a predominar e que a marca Varig seja abandonada.

O tradicional diferencial de serviços da Varig só será usado em vôos para a América do Sul. Nesse caso, os vôos terão uma classe com espaçamento maior, acesso à sala VIP, e a poltrona do meio será usada como porta-copos e descanso para laptop. O passageiro poderá acumular 25% a mais em milhas.

Um dos principais ganhos para a empresa foi a reformulação da malha aérea. A partir deste mês, a companhia terá vôos na ponte aérea Rio-São Paulo com intervalo de 30 minutos e aviões das duas marcas.

Antes, a empresa precisava trabalhar com "slots" (autorizações de pouso e decolagem) da Varig e da Gol de forma independente. Em alguns destinos havia concorrência entre os vôos. "Tínhamos três vôos para Florianópolis no meio do dia, o que não fazia sentido. Agora poderemos ter vôos mais espaçados", afirmou. Além disso, a empresa pretende fazer mais vôos diretos, como de São Paulo para Maringá e Caxias do Sul.

Oliveira Júnior confirmou que a mudança implicará demissões, mas declarou que os números são bem inferiores aos que têm sido divulgados, da ordem de 2.000. Somente depois do "reposicionamento mercadológico" será divulgado o total de cortes.

Sobre a crise nos mercados, Oliveira Júnior afirmou que o dólar representa cerca de 60% dos custos da companhia e que a perspectiva é de crescimento menor da indústria em 2009.
"Existe possibilidade de crescimento do mercado, mas a crise econômica pode afetar esses planos", afirmou.

Além do aumento de custos em geral, a crise pode encarecer a reposição de peças.
 
Fonte: Folha Online
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