Cidadeverde.com

Professor absolvido por morte de travesti deixa presídio e é recebido pela mãe

Imprimir
  • julgamento.jpg Graciane Sousa/Cidadeverde.com
  • IMG_6635.jpg Graciane Sousa/Cidadeverde.com
  • IMG_6630.jpg Graciane Sousa/Cidadeverde.com
  • IMG_6610.jpg Graciane Sousa/Cidadeverde.com
  • IMG_6599.jpg Graciane Sousa/Cidadeverde.com
  • IMG_6596.jpg Graciane Sousa/Cidadeverde.com
  • IMG_6575.jpg Graciane Sousa/Cidadeverde.com
  • gilberto.jpg Graciane Sousa/Cidadeverde.com

Após dois anos e seis meses preso, o professor e jornalista Luís Augusto Antunes, 33 anos, ganhou liberdade na última sexta (07) após ser absolvido pelo Tribunal do Júri.  Ele saiu da penitenciária Irmão Guido no dia seguinte e foi recebido pela mãe. O professor virou réu no processo criminal que investigou a morte da travesti Makelly Castro, em 2014. 

"Ele foi recebido pela mãe. Apesar de ter saído da prisão, de ter ganhado o processo, ele estava muito abatido. A absolvição não foi suficiente para reparar os danos profissionais que ele sofreu como jornalista e professor. Tinha toda uma vida pela frente. Os familiares estão lamentando toda a situação. A família está estarrecida", disse Gilberto Alves Ferreira, advogado do professor. 

Luís Augusto foi absolvido pelo Conselho de Sentença (majoritariamente composto por homens) que o reconheceu como autor do homicídio por 4 a 2. Contudo, contraditoriamente, o absolveu por 4 a 3. Justamente, essa inconsistência levou o Ministério Público a recorrer da decisão. 

O julgamento da  apelação do MP ao Tribunal de Justiça pode demorar anos. Uma possível reparação de danos só poderá ser impetrada após sentença transitada em julgada. Caso a decisão seja contrária a do Conselho de Sentença, a defesa de Luís Augusto pretende recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e ao  Supremo Tribunal Federal (STF). 

"Vamos apresentar as contra-razões e defender a decisão do juri. A contradição de quem julga não pode prejudicar quem é julgado. O julgador erra e meu cliente que terá que pagar pelo erro? vamos lutar judicialmente e se preciso ir ao STJ e STF", argumenta Gilberto Alves Ferreira. 

Por ter curso superior, Luís Augusto ficou preso em uma ala especial na penitenciária Irmão Guido. 


Graciane Sousa
[email protected]

Você pode receber direto no seu WhatsApp as principais notícias do CidadeVerde.com
Siga nas redes sociais