A acupuntura, técnica surgida na China e hoje reconhecida pela medicina ocidental como uma especialidade médica, não serve apenas para combater doenças já instaladas. Ela também pode ser usada para prevenir males.
"É como se a energia circulasse pelo corpo por meio de rios, mas se concentrasse em pontos que corresponderiam a lagos. A acupuntura age sobre esses lagos, fazendo a energia circular", explica Leite. Ao serem acionados, esses pontos que concentram energia acionam o cérebro, que emite uma resposta química.
Por meio de agulhas, esses pontos são acionados e provocam uma reação que cura ou combate os efeitos da doença. Quando o paciente inicia o tratamento, o médico avalia o estado clínico dele e escolhe os pontos que devem ser acionados por agulhas.
A cada sessão o acupunturista aciona de oito a 15 pontos do corpo. As agulhas permanecem aplicadas nessas áreas por um período que varia de 20 a 40 minutos. A cada sessão os pontos podem ser alterados, conforme o médico considere necessário --baseado na resposta emitida pelo organismo do paciente.
As primeiras sessões são feitas com intervalos de poucos dias. Depois é promovida uma sessão por semana. O número suficiente para combater a doença varia conforme o tipo de problema e a reação do paciente. Mas, em média, são realizadas dez sessões. Depois disso o paciente é reavaliado e, se o médico considerar necessário, é realizada uma nova seqüência de sessões.
"Antigamente se achava que havia um grupo de pessoas sobre as quais a acupuntura não surtia efeitos. Hoje se sabe que não é isso. O organismo de algumas pessoas é que não tem mais condições de reagir a determinados estímulos. Um diabético, por exemplo, pode ser incapaz de reagir à acupuntura se não tiver mais o tecido responsável pela produção de insulina. Nesse caso não vai adiantar tentar estimular a produção da substância", afirma Leite.