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Firmino nega pressão do PSDB para sair candidato e defende "nome novo"

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O prefeito de Teresina, Firmino Filho, negou nesta segunda-feira (11) que tenha recebido pressão da executiva nacional do PSDB para que ele dispute o governo do Estado em 2018. O novo presidente do partido, Geraldo Alckmin, governador de São Paulo, quer nomes concorrendo em todos os estados. Firmino, ao contrário dos tucanos, defende um nome desconhecido e que traga uma nova mensagem à política.

“Não é só o meu nome que está no meio. O próprio senador Freitas Neto já se colocou à disposição. Se eu fosse marqueteiro da oposição, o melhor candidato da oposição seria um homem público desconhecido, que traga uma mensagem nova. Existe uma rejeição não só aos partidos, mas quem está na política há mais tempo”, defendeu o prefeito em entrevista à TV Cidade Verde.

Segundo Firmino, os políticos têm dificuldade muito grande de aceitar alguém novo. “A classe política tem medo do novo e mantém o monopólio. Estamos vivendo um momento de mudança no Brasil. Existem vários bons nomes. Pessoas bem sucedidas em seus ramos de atividades”, declarou.

O prefeito de Teresina admitiu que hoje não deixaria o Palácio da Cidade para disputar o governo do Estado, no entanto, revela que está sendo pressionado, não pelo PSDB, mas pelo povo. “Se fosse hoje, seria candidato não. Tenho compromisso com a cidade de Teresina. Tenho que ter respeito ao juramento. Não posso desconhecer a pressão grande que existe. As pessoas estão falando e pedindo. Eu seria muito melhor assessor de um candidato. Para que você se coloque como candidato é preciso um projeto de pé no chão”, afirmou.

Foto: Wilson Filho

Sobre a pressão que estaria recebendo da executiva nacional do seu partido, Firmino disse que nem a candidatura a presidente foi definida ainda. “Não existem conversas nesse sentido. Só depois do candidato ser definido em âmbito nacional. Não existe pressão da executiva nacional em relação a minha candidatura, a candidatura a presidente ainda nem existe”, ressaltou.

Bala trocada

Firmino voltou a comentar o rompimento com o PMDB em Teresina e chegou a dizer que o desentendimento foi bala trocada. “Isso está superado. Entendemos que houve um gesto desrespeitoso, desleal na eleição da Câmara. Por conta desse gesto nós já agimos e rompemos a aliança. Bala trocada não provoca dor. As balas foram trocadas e acabou”, disse, destacando que tentou falar com o presidente da Alepi, Themístocles Filho.

“No dia do rompimento eu tentei falar com Themístocles, mas ele não atendeu”, acrescentou.

Alckmin candidato

Apesar de o PSDB fechar questão para a realização de prévias para escolher o candidato a presidente da República do partido, Firmino afirma que Alckmin é o nome natural para a disputa. “Acredito que a candidatura natural é do Alckmin. Ele tem história e um perfil político conciliatório. O perfil dele é apropriado para o Brasil de hoje. Existem vários cenários para o ano que vem e alguns deles são de polarização e conflito. O Brasil tem que superar seus obstáculos e dar a volta por cima. A crise política tem se refletido na qualidade de vida da população. Está na hora de fazermos um novo momento para o país”, finalizou.

Ouça a entrevista concedida à Rádio Cidade Verde

Hérlon Moraes
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Tags: FirminoPSDB