O secretário de governo, Merlong Solano, atribuiu ao processo eleitoral, o alarde que “alguns” têm feito sobre a prestação de contas da primeira parcela de um empréstimo de R$ 600 milhões do governo do estado junto à Caixa. Auditoria realizada por técnicos do Tribunal de Contas do Estado (TCE) apontou desvio de finalidade na utilização dos recursos.

“O Piauí navegou contra a crise com a coragem do nosso governador de tomar certas decisões, como essa de fazer uma reversão de fonte de recursos. Nós tivemos atraso na liberação de recursos de empréstimo. Tem gente que está antecipando o processo eleitoral e transformando uma reversão normal de fonte, legitima, em um crime”, disse em entrevista à TV Cidade Verde.

Segundo o secretário, a reversão foi necessária devido ao atraso na liberação dos recursos de empréstimo e a necessidade de obras de infraestrutura serem retomadas, como o elevado da avenida Miguel Rosa.

“Pegamos recursos próprios para tocar obras que estavam planejadas para serem feitas com recursos de empréstimos, na hora que o recurso do empréstimo foi liberado estamos repondo da fonte 00”, justificou Merlong, negando a utilização do empréstimo para pagamento de pessoal.

Foto: Wilson Filho

Para o gestor, está havendo um açodamento nas discussões, já que o TCE ainda não se manifestou sobre a prestação de contas. “O conselheiro Kennedy (relator) ainda não manifestou seu juízo sobre o assunto. Notificou o Estado, notificou a Caixa. Está havendo um açodamento em torno desse assunto. Vamos ler o relatório para ver o que tem lá e contestar com o que nós fizemos. Temos segurança do que nós fizemos. O TCE ainda nem se manifestou”, declarou.

Hérlon Moraes
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